Lula volta a crescer em pesquisa Vox Populi e ganha em todos os cenários

Com 53% das intenções de voto, ex-presidente vence em todos os quadros no 2º turno em 2018. Além disso, 55% dos entrevistados apontam o petista como o melhor presidente que o Brasil já teve.

10/6/2016- São Paulo- SP, Brasil- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na Assembleia Legislativa da posse de Luiz Marinho na Presidência Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT). Foto: Filipe Araújo
Escrito en POLÍTICA el
Com 53% das intenções de voto, ex-presidente vence em todos os quadros no 2º turno em 2018. Além disso, 55% dos entrevistados apontam o petista como o melhor presidente que o Brasil já teve. Da Redação* Apesar da perseguição implacável da turma de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua imbatível para a eleição de 2018. A nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 29 e 31 de julho, mostra que Lula segue liderando as intenções de voto para presidência da República no segundo turno nos quatro cenários pesquisados: contra Jair Bolsonaro (PEN-RJ) ou João Doria (PSDB-SP), Lula alcança 53% das intenções de voto; se os candidatos forem Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ou Marina Silva (Rede-AC), Lula bate ambos com 52% dos votos. Nesses cenários imaginados pela pesquisa, Bolsonaro teria 17% dos votos. Já Alckmin, Doria e Marina alcançariam, no máximo, 15% do total de votos, cada um. A intenção espontânea de voto em Lula também aumentou depois que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente, sem nenhuma prova, por crime de corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá. Em junho, antes da sentença, 40% dos entrevistados disseram que votariam no ex-presidente. No fim de julho, o percentual aumentou para 42%. De acordo com Marcos Coimbra, diretor do Instituto Vox Populi, vários dados da pesquisa podem explicar por que Moro não acabou com as intenções positivas de voto no ex-presidente. “Um deles, muito importante, é que, para 42% dos entrevistados, Moro não provou a culpa de Lula no caso do tríplex do Guarujá. Para 32%, Moro provou e, outros, 27% não souberam ou não quiseram responder”. Outros candidatos No cenário em que os entrevistados não recebem cartela com nomes e citam espontaneamente em quem pretendem votar para presidente da República em 2018, o segundo colocado é Bolsonaro, com 8% das intenções de voto. Marina vem em terceiro, com 2%; e, embolados com apenas 1% dos votos aparecem Moro (sem partido), Ciro Gomes (PDT-CE), Joaquim Barbosa (sem partido), Doria, Fernando Henrique e Alckmin. Aécio Neves (PSDB-MG) zerou novamente, como havia zerado em junho, depois das denúncias de corrupção feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR). Estimulada No cenário em que a intenção de voto foi estimulada com Alckmin, o tucano atinge 6% das intenções de voto e Lula, 47%. Bolsonaro tem 13%, Marina, 7%, e Ciro, 3%. Na estimulada com Doria, Lula tem 48% das intenções de voto, Bolsonaro manteve os 13%, Marina subiu para 8% e o prefeito de São Paulo empatou com Ciro Gomes, com 4%. “O pessimismo dos brasileiros com o momento econômico e político atual e o descrédito no governo Temer, aliados às lembranças de um passado recente de que a vida era melhor nos governos do PT, ajudam a explicar por que as intenções de voto no presidente Lula são as que mais crescem em todos os cenários da pesquisa”, analisa Coimbra. De acordo com ele, outros dados da pesquisa CUT-Vox ajudam a entender essa tese. Um deles é o aumento de 49% para 55%, entre junho e julho deste ano, do percentual de entrevistados que apontam Lula como o melhor presidente que o Brasil já teve - o outro nome lembrado é o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), com 15%. Além disso, 58% dos brasileiros consideram Lula um bom administrador, 65% dizem que ele é trabalhador e 61% afirmam que a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT. Já o presidente da CUT, Vagner Freitas, ressalta que o pessimismo dos brasileiros com o governo Temer vem aumentando rapidamente mês a mês, por causa do desemprego recorde – mais de 13,5 milhões de trabalhadores estão desempregados – e das medidas de arrocho salarial, previdenciário e social. Para Vagner, isso explica dados da pesquisa como os de que, com Temer, a vida piorou para 61% dos entrevistados – em junho o percentual era de 52%. Aumentou também o pessimismo e a descrença quanto à capacidade de Temer de controlar a inflação – em junho, 62% achavam que a inflação ia aumentar. Em julho, esse percentual pulou para 75%. Cresceu também o percentual dos que acham que vai aumentar o desemprego no Brasil - de 68% em junho para 72% em julho. “O povo quer votar em quem tem compromisso com a classe trabalhadora tanto para voltar a ter uma vida melhor, quanto para reverter as medidas que Temer tomou para acabar com a CLT e a aposentadoria, entre tantas outras desgraças desta gestão golpista”, conclui Vagner. A pesquisa UT/Vox Populi, realizada nos dias 29 e 31 de julho, entrevistou 1.999 pessoas com mais de 16 anos, em 118 municípios, em áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.   *Com informações da CUT Foto: Filipe Araújo/Fotos Públicas Gráfico: Vox Populi/Reprodução