Maia diz que "não é hora de discutir impeachment" de Bolsonaro

Presidente da Câmara voltou a jogar um balde de água fria no crescente movimento pela retirada de Bolsonaro do poder

Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
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Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (10), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que "não é hora" de discutir um impeachment de Jair Bolsonaro.

O parlamentar também se colocou contra as manifestações de rua, pró ou contra o governo, durante a pandemia.

"Não é hora de discutir impeachment. É hora de discutir a união do Brasil, de salvar vidas, de salvar empregos. Eu como sempre fui contra as manifestações no período da pandemia, não contra manifestação, mas contra aglomeração neste momento, eu também não posso ser a favor de novas manifestações. Eu acho que neste momento, as aglomerações vão gerar uma aceleração da contaminação e perdas de vidas", disse, reforçando que a prioridade, agora, seria unir esforços para combater o coronavírus.

Maia também afirmou que é possível que tanto o movimento contra Bolsonaro como aquele que apoia o presidente podem crescer depois da pandemia, mas que agora não seria o momento para ficar "olhando 2022".

Questionado sobre uma suposta crise entre as instituições, visto que membros do governo e bolsonaristas constantemente atacam o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara avaliou que "todos estão se respeitando" e que, apenas "no discurso", há aqueles que estão "derrapando".

Em sua gaveta, Rodrigo Maia já tem mais de 30 pedidos de impeachment, de diferentes entidades e partidos, contra Jair Bolsonaro. Apesar de não ter dado qualquer tipo de seguimento, nenhum dos pedidos foi arquivado pelo presidente da Câmara.