Maia quer retomar CPMI das Fake News e punir financiadores de ataques às instituições

Em coletiva, presidente da Câmara ainda defendeu o adiamento das eleições de outubro: "Não seriam democráticas"

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
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Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pretende retomar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.

A fala do parlamentar vem em meio ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que atinge diretamente deputados, empresários e pessoas muito próximas de Jair Bolsonaro, que atuariam como disseminadores ou financiadores de notícias falsas e ataques às instituições. De acordo com Maia, esses financiadores devem ser punidos.

"Acho que a CPMI precisa voltar a funcionar. Esse tema é muito serio. Estive agora almoçando com um parlamentar que disseram que, no meio da pandemia, ele estava no exterior, nos EUA passeando. Tem que ter um basta, mas com um texto que respeite a liberdade de imprensa, mas que responsabilize aqueles que financiam o ataque às imagens das pessoas e das instituições. O Supremo está fazendo sue papel no inquérito", declarou.

"A investigação está fazendo pela CPMI. Chegando ao resultado, vai encaminhar ao Ministério Público (...). É uma investigação, a gente precisa aguardar para ver se há dados completos", completou Maia.

Na mesma coletiva, o presidente da Câmara defendeu ainda o adiamento das eleições de outubro por conta da pandemia do coronavírus. Segundo o deputado, as eleições não seriam democráticas caso sejam mantidas na data prevista.

"Como alguém que não tem cargo faz eleição?", questionou, se referindo às medidas de isolamento e paralisação da economia, que impedem uma campanha equilibrada.