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O jornal Folha de S. Paulo, às vésperas do julgamento do habeas corpus de Lula, faz matéria marcando no corpo a corpo o voto dos juízes do STF. Mais particularmente, no caso de Rosa Weber, considerada o fiel da balança da votação, o jornal lembra que “a ministra Rosa Weber negou a liberdade a pelo menos 57 condenados que recorreram à corte para se livrar da cadeia nos últimos dois anos”.
O jornal diz ainda que “desde que o STF mudou sua orientação sobre prisões em segunda instância e autorizou o cumprimento da pena antes do esgotamento dos recursos em tribunais superiores, Rosa foi sorteada para analisar 58 habeas corpus apresentados por pessoas prejudicadas pela mudança”.
Destes julgamentos, de acordo com a Folha, “a ministra decidiu a favor do réu em um único caso, o de uma mulher condenada por roubar comida de uma igreja no interior paulista há cinco anos”.
A reportagem lembra que “Rosa é contra a nova jurisprudência adotada pelo tribunal, mas seu voto no caso de Lula é considerado uma incógnita porque, nos julgamentos de habeas corpus, ela tem contrariado suas convicções pessoais e votado de acordo com a orientação definida pela maioria dos colegas”.
A conclusão, no final das contas, se volta a favor de Lula: “Como o caso de Lula será analisado pelo plenário da corte e não pelas turmas em que os 11 ministros se dividem, a sessão desta semana pode abrir caminho para uma nova guinada na jurisprudência do STF, permitindo que a ministra vote de maneira coerente com suas opiniões”, resumiu o jornal.
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