Militares mandaram Bolsonaro amenizar o tom das críticas ao STF e ao Congresso, diz jornalista da Globo

Na quinta-feira, o presidente entregou o Ministério da Educação para o chamado "Partido Fardado"

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Temendo uma possível abertura de processo de impeachment no Congresso e o resultado das ações de cassação da chapa no Tribunal Superior Eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro estaria mais atento aos conselhos dos militares nos últimos dias.

Segundo a jornalista Andreia Sadi, da Globo, o presidente priorizou os conselhos da ala fardada do governo nas últimas semanas para tentar distensionar as relações com Legislativo e Judiciário.

Fonte ouvida pela jornalista afirmou que "caiu a ficha" do presidente de que “radicais vão arrebentar o seu mandato e inviabilizar um segundo mandato”.

Entre as ações destacada por Sadi está a "homenagem" feita às vítimas do novo coronavírus em transmissão ao vivo realizada na quinta-feira (26), a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação e a chegada de Carlos Alberto Decotelli para o posto.

Com a nomeação do novo ministro, o chamado "Partido Fardado" passou a ter o comando de 11 ministérios. Desde o início do governo, a ala militar conseguiu arrancar do presidentes postos chave como Casa Civil (Walter Braga Netto), Saúde (Eduardo Pazuello) e, agora, Educação.

Uma outra sinalização apontada por Sadi foi a decisão de Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, de passar da ativa para a reserva.