Monica Benicio: “Mais importante que a prisão de ‘ratos mercenários’ é descobrir o mandante"

A hashtag #QuemMandouMatarMarielle está em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter desde a prisão dos policiais acusados de terem cometido o assassinato

Foto: Reprodução/Facebook Monica BenicioCréditos: Reprodução redes sociais
Escrito en POLÍTICA el
Para Monica Benicio, arquiteta, militante feminista e LGBT e viúva de Marielle Franco, não basta a prisão dos acusados do assassinato da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro e de seu motorista, Anderson Gomes, o fundamental é descobrir quem foi o mandante do crime. A hashtag #QuemMandouMatarMarielle está em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter desde a manhã desta terça-feira (12), após a prisão do sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, acusado de executar os tiros, e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, apontado como condutor do veículo de onde vieram os disparos. “Mais importante que a prisão de ‘ratos mercenários’ é chegar à condenação final de todos os envolvidos. O Estado deve a todas e todos que sofrem com a perda de Marielle e à própria democracia”, disse Monica à Fórum. "É um passo importante nas investigações, sem dúvida. Mas um ano é tempo demais para um assassinato como esse. Essa é uma etapa fundamental. Espero poder ter em breve acesso aos detalhes para que sinta segurança nesse resultado”, ressaltou. Segundo Monica, solucionar o crime, desvendando por que Marielle foi morta, é urgente, mas pode transformar a barbárie numa esperança. “É uma urgência que a gente tem hoje no nosso contexto social, que é a urgência de transformação, que precisa falar de políticas públicas pautadas para as mulheres, sobretudo para as mulheres pretas, que estão ocupando os espaços de poder. Isso é algo que vem também da noite de 14 de março, onde a gente finalmente consegue ressignificar, não só numa noite de barbárie, de violência, que foi, mas transformando numa noite de esperança. A Marielle é um símbolo que a gente pode usar como um farol de construção social”, destacou.

Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.