Moro promete "rico acervo" envolvendo Heleno, Ramos e Braga Netto para provar interferência de Bolsonaro na PF

Segundo a revista Veja, que atuou como porta-voz do lavajatismo, Moro estaria montando um dossiê das mensagens trocadas com ministros generais para provar interferência de Bolsonaro na PF

Moro e Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)Créditos: Presidência da República
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O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, estaria montando um "rico acervo" de mensagens trocadas com a ala militar do governo para provar a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, segundo a coluna Radar, da revista Veja, desta sexta-feira (26).

O material envolveria conversas com os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Articulação Político) e Walter Braga Netto (Casa Civil), desde agosto de 2019, quando Bolsonaro deu início ao levante contra Superintendência da PF no Rio e pediu a cabeça do então diretor da instituição, Maurício Valeixo, amigo de Moro desde os tempos da Lava Jato.

Segundo a Veja, que serviu de porta-voz do lavajatismo em primeira hora, o material deixa evidente que Heleno, Ramos e Braga Netto sabiam das intenções de Bolsonaro em interferir na Polícia Federal do Rio e, em alguns casos, até atuaram para convencer Moro a abrir a guarda ao presidente.

Ramos
De acordo com informações divulgadas pela revista, Ramos mandou mensagens a Moro apelando para que o então chefe da Justiça tratando justamente do tema e intercedendo a favor de Bolsonaro, quando pede a Moro que “tenha sensibilidade com as preocupações de Bolsonaro no Rio".

Pela conversa de Ramos, que trocou de celular nesta semana, tudo ficaria bem se Moro liberasse a PF do Rio a Bolsonaro, diz Veja.