MP quer que empresas do “cartel” paguem R$ 2,5 bilhões

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Segundo a Promotoria, empresas que fraudaram licitações do Metrô, na gestão do ex-governador José Serra, em 2009, devem pagar indenização ao Estado Por Redação, no SPressoSP Por contratos fraudados em 2009, durante a gestão do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), as empresas que participaram do chamado “trensalão tucano”, lideradas por Siemens e Alstom, podem ter de pagar R$ 2,5 bilhões ao Estado. Esse é o objetivo do Ministério Público (MP), que encaminhou o pedido à Justiça. De acordo com o MP, as empresas formaram quatro consórcios e dividiram os contratos de reforma de 98 trens entre si. A Promotoria definiu que o valor de R$ 2,5 bilhões são referentes aos quatro contratos mais multas. Dos 98 trens que deveriam ser reformados, aproximadamente 50 nunca foram entregues. O ex-presidente do Metrô, José Jorge Fagali, e outros dois ex-diretores da estatal, são acusados de improbidade administrativa. Para o autor da denúncia, o promotor Marcelo Milani, as empresas envolvidas devem ser dissolvidas. “Você é a favor de empresas que têm práticas ilícitas e ilegais? Isso equivale a uma sociedade mafiosa.” Segundo o promotor, a iniciativa paulista, de reformar trens, ao invés de comprar novos, é inédita no mundo. “O próprio Metrô reconhece que não parâmetros de preço para trens reformados”, afirmou Milani, em entrevista à Folha de S. Paulo. As empresas acusadas de formar o “cartel” são: Siemens, Alstom, Bombardier, Tejofram, Temonisa, Iesa, MPE, TTrans, Faiveley, Knorr Bremse e FVL.