Na OMS, governo Bolsonaro se alinha a grupo conservador contra aborto e sexo antes do casamento

Um outro grupo liderado por países europeus e vários latino-americanos tomou direção oposta, insistindo na importância de se promover a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e adolescentes para evitar gravidez precoce, violência sexual em casa, na escola e no local de trabalho, além de promover igualdade de gênero

Assembleia Mundial da Saúde (Foto: WHO/A.Tardy)
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Reportagem de Assis Moreira, na edição desta quinta-feira (30) do Valor Econômico, informa que durante a Assembleia Mundial da Saúde, que terminou nesta quarta-feira (29) em Genebra, o governo Jair Bolsonaro se alinhou aos EUA e a alguns governos do Oriente Médio e da África para defender mudanças na Organização Mundial da Saúde (OMS) nas políticas de promoção da saúde sexual e reprodutiva. Fontes dizem que o governo de Donald Trump deixou claro em conversas durante a assembleia que considera que a promoção da saúde sexual e reprodutiva, como é hoje, significaria facilitar aborto e sexo antes do casamento. Alguns negociadores chegaram a comparar o discurso de Washington à quase tentativa de propor abstinência sexual. Isso gerou algumas ironias, por vir do governo dirigido por Trump. Esse grupo quer que o foco, quando se tratar de saúde sexual e reprodutiva, seja estimular políticas para evitar doenças sexuais, vacinação contra câncer de colo do útero etc. Um outro grupo liderado por países europeus e vários latino-americanos tomou direção oposta, insistindo na importância de se promover a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e adolescentes para evitar gravidez precoce, violência sexual em casa, na escola e no local de trabalho, além de promover igualdade de gênero.