"Não existe a liberdade do povo brasileiro sem a liberdade das mulheres", diz Manuela D'Ávila

A candidata à vice-presidência reuniu centenas de mulheres no centro de São Paulo nesta terça-feira (25) para uma caminhada que aconteceu da Praça da República até o Teatro Municipal; ela disse que a campanha dela e de Fernando Haddad estava preparada para representar as mulheres no governo

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[caption id="attachment_140896" align="alignnone" width="700"] Foto: Isa Luchtenberg[/caption] A candidata à vice-presidência Manuela D'Ávila (PCdoB) reuniu centenas de mulheres no centro de São Paulo, em ato chamado Primavera das Mulheres, nesta terça-feira (25), para uma caminhada que foi da Praça da República até o Teatro Municipal. Ao final, ela disse que a campanha encabeçada por ela e Fernando Haddad (PT) para a presidência estava preparada para representar as mulheres no governo e que ambos iriam trazer uma melhor qualidade de vida para todo o povo. "Não existe a liberdade do povo brasileiro sem a liberdade das mulheres", disse ela. A candidata destacou que era preciso revogar reformas feitas por Michel Temer (MDB) para que toda a população pudesse ter mais direitos. "Cada vez que o Estado falta, são as mulheres que respondem por essas ausências", afirmou Manuela, dizendo que Haddad é um companheiro pela luta por mais direitos para as mulheres. Manuela também disse que o Brasil merece a força de todas as brasileiras e que é necessário que exista um respeito à existência de todas. Por fim, ela ressaltou: "Ele não, nós sim", em referência à campanha #EleNão, que tomou as redes sociais contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em seguida, a palavra foi concedida a Haddad, que firmou um compromisso com a luta das mulheres brasileiras dizendo que ao lado de Manuela e de Ana Estela Haddad, sua esposa, ele estava ao lado de verdadeiras guerreiras. Segundo o presidenciável, a chapa deles está militando por uma retomada de agenda progressista para as mulheres. [caption id="attachment_140899" align="alignnone" width="600"] Foto: Giorgia Cavicchioli[/caption] Ele lembrou que, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi possível a chegada de Dilma Rousseff ao poder como a primeira mulher presidente do Brasil e que é preciso buscar ainda mais direitos para as eleitoras. "Sabemos que temos tarefas a cumprir", disse ele, afirmando que, com incentivos do governo, empresas podem ser premiadas quando derem maior igualdade para os seus funcionários e que é papel do Estado premiar quem trabalhar pela equidade de salários. Haddad também falou que é preciso aprimorar a Lei Maria da Penha e que, hoje, a vontade dele de melhorar a vida das mulheres está "multiplicada por mil". "Uma sociedade equilibrada é uma sociedade de paz. Vocês vão poder contar com a gente", finalizou. O coro foi reforçado por Ana Estela, que agradeceu a todas as mulheres presentes ao local e aos homens que "abraçaram nossa causa". Ela relembrou que as mulheres estão em todos os espaços hoje em dia e também entrou na campanha contra Bolsonaro dizendo "ele não" ao final de sua fala.