Nassif pergunta: Moro recebeu dinheiro para apoiar Bolsonaro?

Nassif diz que no caso de receio da morte, o correto seria um seguro de vida. E continua perguntando: “Um contrato com pagamentos mensais, em caso de morte? Quem seria o avalista? De quem a viúva iria cobrar?

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/PR
Escrito en POLÍTICA el

O jornalista Luís Nassif, editor do jornal GGN, provoca o que ele chama de imprensa “amiga de Moro” a levantar mais dados sobre a tal pensão citada pelo ex-juiz como condição para aceitar o ministério da Justiça quando foi convidado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em sua declaração, de ontem, Sergio Moro disse que a única exigência a Bolsonaro, para aceitar o Ministério da Justiça, seria uma garantia de pensão para sua família, caso alguma coisa acontecesse com ele, já que abriu mão de sua carreira de juiz.

“O que seria esse 'alguma coisa'? Atentado, morte, ou demissão do cargo?”, pergunta Nassif.

Nassif diz que no caso de receio da morte, o correto seria um seguro de vida. E continua perguntando: “Um contrato com pagamentos mensais, em caso de morte? Quem seria o avalista? De quem a viúva iria cobrar? E qual seria o risco de um contrato desses vir a público?”

O jornalista entende que na verdade Moro não falava de algo relacionado à sua morte na conversa com Bolsonaro e o general Heleno, mas que tenha reivindicado um seguro contra eventual demissão.

Mas mesmo isso não bate, sustenta Nassif, porque Moro tem formação de advogado e a esposa é sócia de escritórios de advocacia.

“A alegação de que seria para amparar a família cabe em qualquer proposta de suborno. Basta o sujeito alegar que fez aquilo para garantir a família. O que houve, de fato, é que Moro vendeu seu passe de avalista do governo Bolsonaro. Quanto foi? Quem pagou?”, indaga Nassif.

E conclui que ao trazer o tema para o seu pronunciamento, provavelmente Moro estava apenas se antecipando a eventuais indiscrições de Bolsonaro. Utilizando-se de uma vacina.