Novo PGR, Aras chama subprocurador “rigoroso” para coordenar Lava Jato

Uma das atribuições do coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato é comandar investigações que envolvem políticos com foro privilegiado e acordos de delação premiada

Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE
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O novo procurador-geral da República, Augusto Aras, definiu os primeiros nomes de sua equipe. Ele convidou José Adonis Callou de Araújo Sá, um subprocurador experiente e “rigoroso”, na definição de colegas, para coordenar as investigações da Lava Jato na PGR, uma das funções mais sensíveis da gestão. Contudo, a indicação ainda não foi fechada. Adonis atuou nos recursos da Lava Jato no STJ. É respeitado internamente pelos colegas e elogiado por procuradores das forças-tarefas da Lava Jato. “Adonis é rigoroso e legalista”, definiu um colega. Uma das atribuições do coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato é comandar investigações que envolvem políticos com foro privilegiado, acordos de delação premiada e ser responsável pela interlocução da PGR com as forças-tarefas da Lava Jato nos estados. Thaméa Danelon, ex-coordenadora da Lava Jato de São Paulo, era cotada para a vaga. Porém, perdeu pontos depois da publicação de conversas pelo The Intercept Brasil. Ela diz ter sido chamada por um advogado a redigir um pedido de impeachment contra Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros nomes Aras escolheu outros nomes. O vice-procurador-geral, responsável por cuidar das investigações junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e eventualmente substituir o PGR, será o subprocurador José Bonifácio de Andrada. Já foi vice-PGR de Rodrigo Janot e tem bom trânsito entre os investigadores da Lava Jato. O atual vice-procurador-geral-eleitoral Humberto Jacques deve permanecer no cargo. O nome escolhido para ser chefe de gabinete de Aras é o procurador regional Alexandre Espinosa. O secretário de cooperação internacional será o subprocurador Hindemburgo Chateaubriand Filho. Para a vaga de corregedora, a indicada será a subprocuradora Elizeta Ramos, mas sua nomeação precisa ser aprovada pelo Conselho Superior do MPF. No posto de secretário-geral foi confirmado o nome de Eitel Santiago, subprocurador aposentado que já escreveu artigo classificando o golpe de 1964 como “revolução”.