"Os mineiros não vão mais comer escondidinho de tucano", diz Lula em carta a MG

"Aécio Neves, que pediu recontagem de votos após perder em 2014, está lançando um prato novo, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucanos", alfinetou Lula

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Em carta endereçada ao povo mineiro, o ex-presidente Lula comenta o cenário eleitoral no estado e pede o apoio às candidaturas do governador Fernando Pimentel à reeleição e à candidatura da ex-presidenta Dilma ao Senado, alfinetando os tucanos. "Não satisfeitos em perseguir a Dilma, nossos adversários tentaram impedir também a candidatura do Pimentel à reeleição. Deixaram de herança maldita para Minas uma dívida absurda e usaram de todos os meios para impedir a negociação dessa dívida com a União", diz Lula. "Aécio Neves, que pediu recontagem de votos após perder em 2014, está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. Os mineiros não vão engolir essa indigesta receita nem para presidente, nem para governador, nem para o Senado, nem para deputado federal", alfinetou o ex-presidente. Leia a íntegra da carta de Lula aos mineiros Queridas companheiras, queridos companheiros. Minas, que esteve sempre presente nos momentos decisivos do Brasil, tem um novo encontro marcado com a História. 7 de outubro é o dia dizer nas urnas que esse povo que lutou pela liberdade e pela independência não aceita ser novamente colônia de ninguém. Não aceita ser outra vez escravizado, nem ter suas riquezas entregues de graça aos estrangeiros. Essa terra, que será sempre a dos inconfidentes, não tolera a traição, nem as perseguições políticas promovidas pela mesma elite colonizada e predadora de sempre. Fui perseguido, condenado e preso sem nenhum crime cometido, a não ser o de lutar pela soberania do Brasil e pela liberdade do povo brasileiro. Nem assim nossos adversários ficaram saciados. A prova disso é que o encontro de hoje reúne duas outras vítimas da traição e da perseguição política. Companheiros na luta contra a ditadura, Fernando Pimentel e Dilma Rousseff enfrentam hoje juntos interesses poderosos contra o povo de Minas e do Brasil. O PSDB, com apoio da grande mídia e de parte do Ministério Público e do Poder Judiciário, não se contentou em golpear a primeira mulher presidenta do Brasil, e colocar um fantoche em seu lugar. Tentaram também impedir a candidatura da Dilma ao Senado, porque sabem que serão derrotados, como foram em 2014, em Minas e no Brasil. Não satisfeitos em perseguir a Dilma, nossos adversários tentaram impedir também a candidatura do Pimentel à reeleição. Conspiraram e continuam a conspirar, noite e dia. Deixaram de herança maldita para Minas uma dívida absurda, fruto da irresponsabilidade e do desgoverno, e usaram de todos os meios para impedir a negociação dessa dívida com a União. Queriam deixar Minas ingovernável, achando que com isso prejudicavam o PT, quando na verdade estavam causando sofrimento ao povo mineiro. Não é por outra razão que o candidato deles, aquele que não aceitou a derrota em 2014 e acendeu o pavio desse golpe que trouxe de volta a miséria, a fome e a mortalidade infantil, achou mais prudente tirar o time de campo para não enfrentar nossa presidenta outra vez nas urnas. Aécio Neves, que chegou a pedir recontagem de votos após perder em 2014, está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta nem para presidente, nem para governador, nem para o Senado, nem para deputado federal. É por isso que no dia 7 de outubro nós vamos reeleger o Pimentel governador. E vamos dar à Dilma uma votação histórica para o Senado, para fazer justiça nas urnas, com o povo. Um grande abraço, Luiz Inácio Lula da Silva