Padilha recebe apoio de quatro pré-candidatos e disputa prévia contra Tatto em SP

Alexandre Padilha e o ex-deputado Jilmar Tatto disputarão prévias para definição do candidato do PT à prefeitura de São Paulo. Nos bastidores, um grupo mais à esquerda do partido já discute apoio ao pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos

Alexandre Padilha e Jilmar Tatto (Montagem)
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O PT de São Paulo tinha até anteontem sete pré-candidatos a prefeito de São Paulo. Agora a disputa se afunilou em duas pré-candidaturas, o ex-ministro da Saúde e atualmente deputado federal Alexandre Padilha e o ex-deputado federal Jilmar Tatto.

Quatro pré-candidatos (Eduardo Suplicy, Carlos Zarattini, Nabil Bonduki e Paulo Teixeira) desistiram da disputa e com maior ou menor intensidade anunciaram seu apoio a Padilha.

Criou-se um grande bloco para tentar impedir a candidatura de Tatto, que sempre foi o grande favorito para a disputa num formato de prévias controladas. Ou seja, realizada em colégio eleitoral e sem que todos os filiados do partido possam votar.

Neste formato, apenas 620 filiados do PT selarão o destino da candidatura a prefeito na maior cidade do Brasil.

Disputa apertada
No início da disputa, os apoiadores de Tatto afirmavam que ele controlava 70% do partido e que impedi-lo de ser o candidato a prefeito era ir contra as bases. Com a crise do coronavírus, Padilha foi ganhando espaço na mídia e na sociedade e hoje é quase unanimidade entre petistas que conhecem a máquina do partido e acreditam que se as prévias fossem realizadas por via eletrônica, Padilha ganharia de Tatto até com certa facilidade.

No colégio eleitoral de 620 membros, porém, Tatto ainda é o favorito. Sua vantagem, porém, vem caindo e hoje a eleição já tende a ser decidida pelos indecisos. Tatto teria algo como 295 delegados certos e Padilha aproximadamente 280.

Como a eleição será disputada apenas pelos dos dois pré-candidatos, não haverá um 2º turno. Caso Tatto venha a ganhar nesse formato, algumas lideranças do PT São Paulo já sinalizam em off que questionarão sua vitória e que caso ele se imponha não farão sua campanha.

Nos bastidores, um grupo mais à esquerda do partido já discute apoio ao pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos.