Para Eduardo Bolsonaro, Weintraub ajuda governo a realizar “revolução cultural”

Filho do presidente entrevistou o ministro da Educação e disse que ele contribui para “quebrar a hegemonia da esquerda, também dentro das universidades, dentro da internet”

Eduardo Bolsonaro entrevista Abraham Weintraub - Foto: Reprodução
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) entrevistou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para o quadro “O Brasil Precisa Saber”, série de vídeos divulgados em seu canal no YouTube. Na oportunidade, o filho do presidente declarou que Weintraub é um dos ministros que mais ajudam o governo de seu pai na “revolução cultural” em curso no Brasil.

Apesar do despreparo e das inúmeras trapalhadas de Weintraub, Eduardo não poupou elogios. “É um dos ministros que mais ajudam o governo, não só na pasta, onde ele é o chefe, mas também ajudando nessa revolução cultural, nesse momento em que o Brasil está passando, de quebrar a hegemonia da esquerda, também dentro das universidades, dentro da internet, aqueles lugares que eles dominam e não permitem nenhum tipo de debate”, afirmou.

Criticado no Congresso e alvo, inclusive, de um pedido de impeachment, Weintraub teve a demissão cogitada. Na conversa com o filho do presidente, o ministro o chama de Duda e Eduardo o chama de Ab.

Em um dos trechos da entrevista, Weintraub disse: “O que você imagina para o seu futuro? Você consegue se ver velho, com seus filhos bem criados, estudaram numa boa escola cívico-militar, com segurança, se casaram, têm um ofício, têm renda, todos eles com uma casa, um carro, dinheiro, sem problema de conta atrasada? Eles vieram te visitar na ceia de Natal, tem uma árvore de Natal bonita com os presentes embaixo. Você está com uma mesa farta com os filhos, os netos em volta brincando. Eles pararam o carro na rua e, quando saíram, nenhum vidro foi quebrado porque não tem maconheiro para roubar nada. Se você sonha com isso, novidade: você é de direita”.

João Doria

Quando abordaram o projeto das escolas cívico-militares, os dois “cutucaram” João Doria (PSDB), governador de São Paulo, que não aderiu ao programa.

“O de São Paulo ficou de fora. Daí falou: ‘é, perdemos, não entendemos direito’”, disse o ministro. “Todos os governadores entenderam. O de São Paulo não entendeu”, acrescentou Eduardo.

Weintraub voltou a minimizar os problemas com o Enem. “Esse último Enem continua sendo o melhor Enem de todos os tempos. Não foi perfeito, mas traga outro Enem que tenha sido melhor que esse em termos de custo, de qualidade das questões”, argumentou.

Com informações de O Estado de S. Paulo