Para Flávio Dino, escândalo na Abin justifica impeachment de Jair Bolsonaro

"Não é apenas crime de responsabilidade, sujeito a impeachment. É também crime comum e ato de improbidade administrativa”, tuitou o governador do Maranhão

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Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão e também juiz, foi às redes sociais, neste sábado (12), para defender o afastamento de Jair Bolsonaro da presidência.

Ele afirmou que, caso seja provado, o escândalo envolvendo o uso pessoal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para favorecer Flávio Bolsonaro, no “caso Queiroz”, justifica o impeachment do presidente. 

“Caso confirmado, o uso da ABIN para interesses exclusivamente pessoais de Bolsonaro não é apenas crime de responsabilidade, sujeito a impeachment. É também crime comum e ato de improbidade administrativa”, tuitou Dino.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1337742421594152962

O caso

Sob o comando do delegado Alexandre Ramagem, que chegou a ser anunciado por Jair Bolsonaro para a direção da Polícia Federal após demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, a Abin produziu, ao menos, dois relatórios para “defender Flávio Bolsonaro no caso Alerj”, em referência ao esquema de corrupção montado pelo filho do presidente quando atuava como deputado estadual no Rio de Janeiro.

Um dos documentos explicita a “finalidade”: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”.

A investigação da Abin, que fica sob a alçada do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, detalha o funcionamento de uma suposta “organização criminosa” na Receita Federal, que teria feito um pente fino nos dados fiscais do filho de Bolsonaro e revelado o esquema comandado por Fabrício Queiroz, que teve início com as “rachadinhas” entre funcionários contratados pelo gabinete.