Em reunião tensa com 27 governadores nesta terça-feira (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que tenha chamado os servidores públicos de "parasitas" e tentou a todo custo justificar os ataques de Jair Bolsonaro aos mandatários estaduais, especialmente na guerra declarada para zerar impostos dos combustíveis.
"Imagina o problema que isso me criou? Minha mãe é funcionária pública, tenho primos, sobrinhos funcionários públicos. E de repente Paulo Guedes chamou… Eu não chamei!", disse Guedes. A declaração do ministro, no entanto, foi feita na última sexta-feira (7) em palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE). “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, disse na ocasião.
Na reunião, Guedes ainda bateu boca com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que chamou Jair Bolsonaro de irresponsável por propor o desafio sobre zerar impostos dos combustíveis.
Guedes, então, partiu para o ataque e disse a Ibaneis que ele não chamou o presidente de irresponsável quando pediu ajuda para dar aumento à PM.
Para tentar contornar a situação, Guedes fez um desabafo, dizendo que "a toda hora tem uma bomba" no governo.
Segundo a coluna Painel, na edição desta quarta-feira (12) da Folha de S.Paulo, Guedes não conseguiu dissipar o mal-estar entre Jair Bolsonaro e governadores, que esperam uma retratação pública do presidente.