Presidente do PSL quer acabar com cota feminina de 30% em eleições

“Se tem rolo agora, como dizem, imagine o rolo que vai ser com esse fundo partidário e a gente tendo que destinar 30% para mulheres? Se tem rolo agora, multiplica por 10 na próxima eleição”, disse o deputado Luciano Bivar (PE)

Foto: Agência Brasil
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Para o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, a Câmara dos Deputados deve “atacar a obrigatoriedade de gênero” nas próximas eleições para evitar irregularidades, como as que estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF). Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas. “As pessoas têm medo de falar, eu também me incluo nessa, porque achamos que vai parecer que somos contra as mulheres. Mas não é isso, precisa explicar: se você perguntar se tem mulher para sair candidata em tudo, não tem. A mulher não quer ser candidata. Vai buscar e não vai achar, e vai ter uma situação díspar. O partido vai colocar o que der para obedecer a regra. Por isso, precisamos mudar a cota feminina”, declarou o presidente do PSL, em contato com o blog de Andréia Sadi, no G1. “Se tem rolo agora, como dizem, imagine o rolo que vai ser com esse fundo partidário e a gente tendo que destinar 30% para mulheres? Se tem rolo agora, multiplica por 10 na próxima eleição”, acrescentou. Laranjal Bivar também defendeu o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, da suspeita de crime eleitoral nas eleições de 2018. Indiciado pela PF e denunciado pelo Ministério Público (MP), Antônio é investigado pelo uso de candidaturas-laranja de mulheres em Minas Gerais. “Não há fato concreto contra o Marcelo. O delegado precisa ter bom senso. Se não, é atropelado pela força da paixão”, disse. “É da natureza humana tomar partido. O indiciamento de Marcelo está mais para inépcia do delegado. Como atinge um partido só? Como Marcelo vai sair com essa cortina de fumaça?”, destacou.