Quem vai barrar o "Escola sem Partido" é o STF, não eu, diz Rodrigo Maia

Reeleito para o terceiro mandato no comando da Câmara, Maia disse ainda que a renúncia de Jean Wyllys "é uma sinalização perigosa para a democracia brasileira"

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Reeleito para o terceiro mandato na presidência da Câmara Federal, o deputado Rodrigo Maia (DEM/RS) disse em entrevista a Marina Dias e Angela Boldrini, na edição desta segunda-feira (4) da Folha de S.Paulo, que a "agenda conservadora de costumes do governo" não será prioridade na pauta da casa e falou sobre a inconstitucionalidade do chamado projeto Escola sem Partido, uma das bandeiras do governo Jair Bolsonaro (PSL). "Quem vai barrar é o STF (Supremo Tribunal Federal), não eu. Quem é a favor da Escola sem Partido tem que tomar cuidado porque, na hora que começar a tramitar no Congresso, o Supremo vai derrubar, vai declarar a inconstitucionalidade", disse. Maia ainda comentou a renúncia do ex-deputado Jean Wyllys (PSol/RJ), que decidiu não tomar posse para novo mandato em razão das ameaças que tem sofrido. "Jean Wyllys representava uma parte da sociedade que precisa de voz no Parlamento. E a partir do momento que ele considera que o Estado não tem condição de garantir a preservação da vida dele e da família, eu acho que é uma sinalização perigosa para a democracia brasileira". Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.