Raquel Dodge diz não ver “injúria” em ameaças de Bolsonaro a petistas do Acre

Procuradora-geral da República afirmou que “não há referência a pessoas” na declaração violenta do candidato à presidência do PSL

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[caption id="attachment_139741" align="alignnone" width="700"] Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado[/caption] A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), parece que não levou muito a sério as ameaças de Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL. Imagens mostram Bolsonaro ameaçando “fuzilar a petralhada”, enquanto ergue um tripé de vídeo imitando uma metralhadora. Essas declarações foram feitas durante um comício do candidato no Acre. As informações são da Agência PT de Notícias. “Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, afirmou o deputado. Raquel Dodge, porém, não viu injúria nessa declaração. E disse, também, que “não há referência a pessoas” na expressão que ele usa para tratar do partido. No entendimento da procuradora, responsabilizar Bolsonaro nesse caso “configura elastecimento da responsabilidade penal por analogia ou por extensão, o que é absolutamente incompatível com o direito penal”. Na segunda-feira (3), a coligação “O povo feliz de novo” (PT/PCdoB/Pros) ingressou com uma representação criminal junto ao STF por ameaça, além de notícia-crime por injúria eleitoral e incitação ao crime. Bolsonaro, apenas, foi convidado a dar explicações, à Justiça e o caso será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.