Relator quer arquivar processo contra deputado que espalhou fake news sobre Marielle

Defesa de Alberto Fraga (DEM-DF) alegou que ele foi “induzido ao erro” ao fazer falsas denúncias em sua conta no Twitter contra a memória da vereadora; PSOL contesta decisão

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[caption id="attachment_133885" align="alignnone" width="672"] Alberto Fraga escreveu em sua rede social que Marielle era usuária de drogas, ex-esposa de Marcinho VP e defensora do Comando Vermelho - Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados[/caption] O deputado Adilton Sachetti (PRB-MT) divulgou seu relatório recomendando o arquivamento da representação feita pelo PSOL contra o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). De acordo com reclamação do partido de Marielle Franco, o parlamentar abusou de suas prerrogativas constitucionais de proteção a palavras, opiniões e votos ao postar denúncias falsas em seu perfil no Twitter contra a memória da vereadora e socióloga, segundo matéria da Rede Brasil Atual. À época, Fraga escreveu em sua rede social que Marielle havia engravidado aos 16 anos, era usuária de drogas, ex-esposa do traficante Marcinho VP e defensora da organização criminosa Comando Vermelho. Chico Alencar (PSOL-RJ) discorda veementemente da alegação de que houve retratação, argumentando que a postagem foi apagada sem qualquer tipo de desculpa ou explicação. De acordo com Alencar, as declarações do deputado não têm relação com o mandato parlamentar ou com o direito de expressar opiniões políticas. “Nós entendemos que o representado extrapolou, sim, as prerrogativas inerentes ao mandato, como da livre manifestação. Ele não explicitou apenas uma opinião política. Ele atacou a honra, a memória – isso é crime, inclusive – de alguém que já faleceu. Para nós era admissível, sim, a representação. É claro que esse Conselho poderia e certamente iria avaliar o que foi pedido na representação, quem sabe dar uma outra dosagem, mas no mínimo dos mínimos uma admoestação, uma advertência forte, formal”,  destacou Alencar. O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) pediu tempo para analisar o relatório de Sachetti. O prazo mínimo é de dois dias úteis e o parecer só poderá ser votado na próxima semana. Para ele, Fraga teria se explicado, mas sem fazer uma retratação conforme os parâmetros legais. Com informações da Agência Câmara e Rádio Agência Nacional