O senador e relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros (MDB-AL), ameaçou de prisão o ex-secretário de Comunicação e atual secretário-executivo do ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, durante depoimento, nesta quarta-feira (12), se ele tiver mentido.
Calheiros disse ainda que Wajngarten é o primeiro a incriminar o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), “porque iniciou uma negociação em nome do ministério da Saúde como secretário de Comunicação e se dizendo em nome do presidente”.
Renan sugeriu requisitar o áudio da revista Veja “para nós verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele não mentiu, a revista Veja vai ter que pedir desculpas a ele. Se ele mentiu, ele terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo”, disse Renan. “Queria dizer que vou cobrar a revista Veja. Se ele não mentiu, que ela se retrate a ele. E se ele mentiu à revista Veja e a esta comissão, eu vou requerer à vossa excelência na forma da legislação processual a prisão do depoente”, afirmou.
Renan disse ainda que “esse depoimento tem se encaminhado para um terreno muito ruim. Aqui estiveram dois ex-ministros que confirmaram a existência de uma consultoria paralela. Feita a pergunta ao depoente, ele disse desconhecer a existência. Mas é o contrário. Vossa senhoria é a prova da existência dessa consultoria. Vossa excelência é a primeira pessoa que incrimina o presidente da República, porque iniciou uma negociação em nome do ministério da Saúde como secretário de Comunicação e se dizendo em nome do presidente. É a prova da existência disso”, completou.