Ricardo Salles considera questionamento de processo contra ele como "impertinência"

O ministro do Meio Ambiente foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa, mas está com o processo parado há mais de um ano

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Em ofício apresentado nesta sexta-feira (12), a defesa do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu para a ação de improbidade administrativa contra o ex-secretário de São Paulo - parada desde janeiro de 2019 - não seja antecipado.

A posição foi tomada após o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) questionar o Tribunal de Justiça de São Paulo sobre o julgamento e pedir a retomada das investigações. O deputado destacou que o caso - que já passou pela primeira instância - tem “importância para a condução da política nacional de meio ambiente, que produz impactos na vida da população e no cenário internacional”.

Segundo a defesa de Salles, "pretende-se pressionar para antecipar o julgamento deste feito, desconsiderando o grau da complexidade que envolve a causa, fato que não deve ser admitido por este E. Tribunal de Justiça".

Ao invés de defender o rápido julgamento para tentar comprovar a inocência do ministro, os advogados consideraram o questionamento "impertinência" e "intervenção despropositada e absurda neste processo".

"Posto isso, o apelante reitera todos os termos de seu recurso de apelação,
requerendo, por fim, o desentranhamento de outra petição, de fls. 10880/10895, tendo em vista a absoluta impertinência e a tentativa de intervenção despropositada e absurda neste processo, a qual já foi reiteradamente rechaçada pelo juiz de primeiro grau conforme decisões de fls.8.743 e 9.768/9.769", diz trecho da petição.

Na condenação em primeira instância, a sentença estabeleceu multa, proibição de assumir contratos com o poder público e a suspensão dos direitos políticos de Ricardo Salles por três anos, o que o impediria de assumir o cargo que ocupa atualmente.

Leia aqui a petição apresentada pela defesa de Salles