SC: Véio da Havan instala estátua da liberdade em centro histórico e Iphan ignora; MPF investiga

Em dezembro, Bolsonaro afirmou que demitiu a direção do Iphan porque servidores paralisaram obra de outra loja Havan após encontrarem azulejos antigos nas escavações.

Jair Bolsonaro e Luciano Hang, o véio da Havan Foto: Reprodução/Facebook/Jair BolsonaroCréditos: Reprodução/ redes sociais
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A monumental estátua da liberdade e a fachada imitando a Casa Branca cravadas no Centro Histórico de Blumenau, em Santa Catarina, foram ignoradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que aprovou a instalação de uma unidade da Havan, e virou alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo informações da Folha de S.Paulo neste domingo, o MPF aponta que as características arquitetônicas da loja de Luciano Hang, o véio da Havan, destoam de dois bens tombados na cidade: a Igreja Luterana do Espírito Santo e o Museu da Família Colonial.

Em 15 de dezembro passado, Jair Bolsonaro (PL) afirmou durante reunião na Fiesp que demitiu a direção do Iphan porque os servidores paralisaram uma obra da loja Havan, de seu amigo Luciano Hang, após encontrarem azulejos antigos nas escavações.

Após a declaração de Bolsonaro, o MPF entrou com ação pedindo a apuração da interferência do presidente no órgão e o afastamento da presidenta nomeada por ela, Larissa Rodrigues Peixto Dutra.

A nomeação dela para a presidência do Iphan já era alvo de Ação Popular, apresentada em 2020 pelo deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), por desvio de finalidade de falta de capacitação técnica para assumir o cargo.

A ação no Supremo Tribunal Federal (STF) será relatada por André Mendonça, que foi alçado à corte após adular Jair Bolsonaro por três anos no governo.