Segundo vice-presidente do partido de Bolsonaro é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro

O advogado Luis Felipe Belmonte, suplente de senador pelo PSDB, é acusado de pagar R$ 800 mil em propina para desembargador decidir a favor de decisão que o beneficiou em R$ 11 milhões

Paula e Luis Felipe Belmonte (Reprodução)
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Terceiro na hierarquia da Aliança Pelo Brasil, atrás apenas do presidente Jair Bolsonaro e do primeiro-vice presidente, Flávio Bolsonaro, o advogado Luís Felipe Belmonte foi denunciado, em maio de 2017, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo pagamento de R$ 800 mil em propina ao ex-desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região, Vulmar Coêlho Júnior, em troca de uma decisão que liberou, em 2010, o pagamento a ele de 11 milhões de reais em precatórios em Rondônia. Suplente de senador pelo PSDB, o advogado milionário ocupa a segunda-presidência do recém lançado Aliança Pelo Brasil, sigla que está sendo formada para abrigar Bolsonaro, que deixou o PSL. Segundo reportagem da revista Veja nesta sexta-feira (29), a denúncia contra Belmonte corre em primeira instância na Justiça Federal de Rondônia. O desembargador Vulmar Júnior foi aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2017 por fraudes no processo que beneficiou Belmonte. Locador da PGR Casado com a deputada federal Paula Belmonte, eleita em 2018 pelo Cidadania no Distrito Federal, Belmonte chegou ao partido de Bolsonaro pelas mãos da advogada Karina Kufa, a tesoureira da sigla, e foi ele quem pagou o aluguel de R$ 5 mil pela sala do hotel Royal Tulip usada no dia do lançamento da sigla. Dono de um patrimônio de R$ 65,7 milhões, Belmonte tem entre seus bens, os prédios alugados em Brasília à Procuradoria-Geral da República (PGR) e da sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A PGR faz locação do Edifício Alvoran da Kasar Investimentos Imobiliários, incorporadora de Belmonte. O valor mensal é de R$ 195 mil. Batizado em homenagem ao pai do advogado, o Edifício Adail Belmonte é a sede do CNMP e rende R$ 574 mil por mês. Os dois contratos de locação, firmados com dispensa de licitação, foram assinados em 2011 e valem até 2021.