Sem apresentar causas, governo desmobiliza ação contra óleo nas praias

“Vivemos um momento de estabilidade. O que chega às praias, hoje, é residual. E as localidades atingidas são prontamente limpas”, afirmou o comandante da operação do Governo Federal

Óleo em praia próxima à Foz do Rio São Francisco - Foto: Wilfred Gadêlha
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O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) montado pelo governo de Jair Bolsonaro para combater o avanço do óleo pelo litoral brasileiro decidiu “restruturar” suas ações, nesta sexta-feira (29), por não enxergar mais risco de aumento das manchas. Segundo o almirante Marcelo Francisco Campos, coordenador operacional do grupo formado por Marinha, Ibama e Agência Nacional do Petróleo (ANP), há 19 dias não são encontradas manchas de óleo bruto no mar e há uma redução na presença do material em praias, mangues e costões. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. “Vivemos um momento de estabilidade. O que chega às praias, hoje, é residual. E as localidades atingidas são prontamente limpas”, afirmou. “O que está tocando as praias, hoje, é praticamente vestígio. O que nos leva a afirmar que estamos vivendo um período de estabilização. Não descartamos a hipótese de que, com a ação das marés, algumas manchas do óleo, depositado em bolsões [submersos], aflorem e cheguem às praias”, disse ainda. Segundo o Ibama, hoje são 833 localidades atingidas pelas manchas. A ação governamental ficou marcada por um grande atraso no combate ao avanço do óleo, que gerou grande dano à fauna marinha e a trabalhadores que vivem da economia litorânea através da pesca e do turismo. Com a medida, o GAA volta ao Rio de Janeiro após ter ido para Brasília no dia 26 de outubro. "Vamos voltar a usar os centros locais para combater e manter as praias limpas e empregaremos a mobilidade da esquadra que fica no Rio de Janeiro caso haja uma recorrência mais grave”, disse Campos. O governo ainda não sabe dizer a origem do vazamento.