Tasso Jereissati acusa Bolsonaro de “inexperiência enorme” e “falta de aptidão para governar”

“Eu nunca vivi isso. É tão novo para mim quanto para um garoto de 18 anos que está chegando agora”, disse ainda o senador tucano

Foto: José Cruz/ABr
Escrito en POLÍTICA el
O senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB-CE), em entrevista ao Estadão, publicada nesta terça-feira (4), afirmou sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que “há uma inexperiência enorme, falta de aptidão para governar muito grande e um desconhecimento da coisa pública. Isso é uma coisa inédita. Eu nunca vivi isso. É tão novo para mim quanto para um garoto de 18 anos que está chegando agora”. Jereissati também falou sobre a influência dos filhos de Bolsonaro: “de uma maneira negativa para o próprio governo, que cria um atrito e desestabiliza, que é contra o governo. Bolsonaro ainda não conseguiu cair a ficha: sou o presidente da República e é preciso estabilidade, que é importante cada coisa que falo e que tem reflexos e consequências. E precisamos ter a condição necessária para fazer as coisas acontecerem. No momento que cair essa ficha, as coisas vão melhorar e (ele pode) até dar umas palmadas nos filhos”, afirmou. Já com relação às crises na Educação, o senador comentou a postura do ministro Abraham Weintraub: “Eu pensei até que era brincadeira quando vi o ministro cantando o musical de Gene Kelly. Isso é uma coisa que leva a uma frustração muito grande a quem está preocupado com o País. Dá um certo desânimo. A sensação que temos é de uma educação parada”. Mesmo com tantas críticas, o cacique tucano afirma que “a área econômica está no rumo certo. Mas pode se tornar um governo extremamente ineficiente em função de outras áreas. É um governo liberal na economia, mas conservador nos costumes e comportamento social. Sou menos pessimista porque acho que a economia está indo na direção correta”. Já sobre uma possível candidatura do governador João Doria à presidência, Jereissati se limitou a dizer que “é muito cedo. Qualquer governador de São Paulo é um ‘candidatável’ a presidente”, encerrou.