"Uma juíza que escreve isso não tem credibilidade", diz Gleisi sobre nova condenação de Lula

Presidenta do PT, ao falar sobre a nova condenação de Lula, criticou trecho da sentença em que a juíza Gabriela Hardt cita Léo Pinheiro e José Adelmário Pinheiro como se fossem duas pessoas diferentes; Paulo Pimenta classificou decisão como "ilegal"

Foto: Divulgação/PT
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A nova sentença que condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia é ilegal e será reformada em tribunais superiores, disse nesta quarta-feira (6) o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS). “Essa é uma sentença ilegal. Não se baseia em provas. Não existe previsão, na legislação brasileira, que alguém seja condenado somente com base na palavra de delatores”, disse. Pimenta e a deputada e presidenta do PT Gleisi Hoffman criticaram, ainda, trecho da sentença em que a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, cita Léo Pinheiro e José Adelmário Pinheiro como se fossem duas pessoas diferentes. Na verdade, Léo é o apelido de José Adelmário Pinheiro filho, ex-executivo da OAS. Gleisi leu em voz alta para jornalistas o trecho em que a juíza se equivocou. “Uma juíza séria, um magistrado sério, tem cuidado com o processo. O que nós estamos vendo aqui é que não existe seriedade em relação aos processos do presidente Lula. Uma juíza que escreve isso não pode ter credibilidade para condenar um homem”, afirmou. “Se quer condenar Lula para não ter direito a sair da cadeia. Tem, já, um abaixo assinado robusto para que Lula seja Nobel da Paz. Toda vez que nós vamos ter um desagravo ao Lula, e esse seria um grande desagravo, nós temos uma ação orquestrada por parte do judiciário brasileiro”, acrescentou a presidenta do PT. “Escória” Paulo Pimenta criticou ainda o colega Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que no Plenário da Câmara comemorou a sentença, dizendo que ele representa “a escória da política brasileira”. “Ele representa o cinismo, a hipocrisia. Ao mesmo tempo que vem festejar uma sentença contra alguém que não tem prova nenhuma, é capaz de defender a inocência do irmão, que é senador e teve nomeados no seu gabinete os familiares de um miliciano, ao que tudo indica o matador da vereadora Marielle. Isso mostra a moral seletiva desse grupo político, do qual hoje faz parte Sérgio Moro, e que tem nessa juíza a substituta de Sérgio Moro”, declarou.