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Os dois pedidos de impeachment protocolados contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), começam a ser discutidos pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira (12).
Os pedidos de impeachment contra o prefeito foram feitos após publicação do jornal "O Globo" revelar ter havido uma reunião secreta com pastores no Palácio da Cidade, sede do governo, em que o prefeito garantiu soluções para problemas com IPTU e agilidade para cirurgias de catarata.
Em áudio obtido pelo jornal, Crivella diz: "Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso”.
O recesso parlamentar, que só acabaria no final do mês, será interrompido pela sessão extraordinária, por conta da assinatura de requerimento de 17 parlamentares da oposição para que a Casa discutisse o impedimento de Crivella.
Horas depois do pedido oposicionista ser protocolado, mais 17 parlamentares - dessa vez da base governista do prefeito - assinaram um documento semelhante, para demonstrar "união" e o desejo de derrubar o impedimento.
"Crivella terá dificuldades", diz oposição
Tarcísio Motta, do PSOL, acha que Crivella terá dificuldades para se livrar do impeachment.
"Na votação da Previdência eles conseguiram 28 votos contra 20. A margem do governo foi pequena. A base está enfraquecida."
Para correligionários do PSOL, a votação vai depender também do "calor das ruas".
Em entrevista coletiva na terça-feira, eles pediram várias vezes para que a sociedade civil participe da sessão na quinta e prometeram marcar atos em redes sociais.
David Miranda, também do PSOL, disse que vai pedir para que todos os vereadores - e não somente os que votarem pelo impeachment - defendam seu voto no púlpito.
Um outro parlamentar diz que a intenção é deixar "constrangidos" aqueles que defendam as atitudes do Executivo vistas como impopulares.
Com informações do G1