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A atitude vacilante de Michel Temer para lidar com os caminhoneiros acabou irritando a cúpula das Forças Armadas. O Painel, da Folha, informa que integrantes da cúpula do exército, em conversas reservadas, demonstraram insatisfação com o fato de Temer envolver militares na desobstrução de rodovias e, depois, ter atuado para coibir ações mais incisivas.
A principal razão para a insatisfação foram os apelos do Planalto para que não houvesse abordagens diretas a caminhoneiros. Os interlocutores do exército dizem que o anúncio da convocação foi impróprio e serviu apenas para expor as tropas.
Não foram só os militares que se irritaram com Temer e seu governo. As indecisões do Planalto durante a greve aborreceram também membros do Congresso e do Judiciário.
Pesquisas de apoio aos grevistas
As pesquisas de apoio massivo à greve dos caminhoneiros por parte da população foi o principal fator para que Temer evitasse o confronto. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (30), 87% dos brasileiros apoiaram a greve dos caminhoneiros e 56% defenderam a sua continuidade, enquanto 42% foram a favor de seu fim.
Além dessa, há também outra pesquisa interna, realizada pelo próprio Planalto que confirmava o apoio da população à greve. O medo de que se repetisse a reação provocada pela violência policial em 2013, com grandes manifestações nas ruas, fez Temer recuar.