Vaza capa de Época com suposto relato de sequestro de criança indígena por Damares Alves

Antes de ser confirmada na pasta, uma reportagem mostrou que a Organização Não Governamental Atini, fundada por Damares Alves no Brasil, foi alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de tráfico de crianças indígenas

Montagem/Agência Brasil
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Vazou - jargão jornalístico para dizer que uma informação chegou ao público antes da informação ser publicada oficialmente - nas redes sociais na noite desta quarta-feira (30) a possível capa da revista Época, que deve ir às bancas nesta sexta-feira (1º), com o relato de uma indígena sobre um suposto sequestro de uma criança na aldeia pela ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves. Leia também: Pelo Twitter, jornalista de Época diz que criança indígena levada por Damares “não foi salva de ser enterrada” Na capa, aparece a foto de uma indígena com as aspas: "a branca levou a Lulu". Embaixo a chamada: Como uma criança indígena levada de uma aldeia no Xingu foi parar na casa da Ministra Damares Alves. A reportagem seria assinada pelos jornalistas Natália Portinari e Vinicius Sassine. Antes de ser confirmada na pasta, uma reportagem mostrou a Organização Não Governamental Atini, que foi fundada por Damares Alves no Brasil, foi alvo de investigação da Polícia Federal por suposto tráfico de crianças indígenas. Todas as ações contra a ONG correm em segredo de Justiça e, uma delas, analisada por uma vara federal de Volta Redonda (RJ), tem como objeto central uma indígena de 16 anos que, em 2010, foi levada grávida pelo tio materno para uma chácara da Atini e registrada como sua filha. A justificativa da ONG para tirar a jovem de sua tribo é que ela sofreria maus tratos. A criança ficou sob a tutela provisória do irmão de uma das donas da Atini e, agora, o Ministério Público Federal pede o retorno da criança para sua mãe, que já voltou para a tribo. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.