Via Facebook, Lula reafirma que Moro monitorou doleiro Alberto Youssef

“O primeiro pedido de grampo do delator do Banestado e da Lava Jato foi em 14 de julho de 2006. Moro autorizou o grampo em 19 de julho de 2006, e ele foi sendo renovado até Youssef ser preso em 2014. Tudo documentado", diz postagem na página do ex-presidente

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[caption id="attachment_144509" align="alignnone" width="640"] Foto: Reprodução/Justiça Federal[/caption] O interrogatório de Lula, feito pela juíza substituta Gabriela Hardt, na tarde desta quarta-feira (14), em Curitiba, apresentou manifestações de tensão, nervosismo, além de discussões entre ambos. Em um desses momentos, houve um bate-boca, depois que o ex-presidente acusou Sérgio Moro de ser amigo do doleiro Alberto Youssef. A juíza, aparentando nervosismo, rebateu na hora. Hoje, na página de Lula no Facebook, há o esclarecimento sobre o fato, mostrando que o ex-presidente tinha razão em seus argumentos: “Ontem, a juíza Gabriela Hardt disse que Moro não monitorou Alberto Youssef por 8 anos, entre 2006 e 2014. A juíza se equivocou na sua fala. Moro monitorou sim, desde 2006, as ligações de Youssef. O primeiro pedido de grampo do delator do Banestado e da Lava Jato foi em 14 de julho de 2006. Moro autorizou o grampo em 19 de julho de 2006, e ele foi sendo renovado até Youssef ser preso em 2014. Tudo documentado”. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você não pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Ainda segundo a publicação, Lula confrontou Moro com essa questão em seu primeiro depoimento, dizendo que o juiz tinha mais condições de saber os escândalos da Petrobras do que ele, porque monitorava Youssef. Moro não questionou a fala de Lula, em 10 de maio de 2017. Bate-boca No depoimento de quarta, o ex-presidente disse: “Eu não sei por que cargas d’água, no caso Petrobras, houve essa questão de jogar suspeita sobre indicações de pessoas. É triste, mas é assim. Possivelmente, por conta de que o delator principal é o (Alberto) Youssef, que era amigo do Moro desde o caso do Banestado (Banco do Estado do Paraná). É isso, lamentavelmente é isso”, destacou. Gabriela Hardt retrucou se dirigindo a Cristiano Zanin, advogado de defesa: “Doutor, por favor. Ele não vai fazer acusações sobre meu colega aqui”. Lula respondeu que não estava fazendo acusações, mas “constatando um fato”. “Não é um fato, porque o Moro não é amigo do Youssef e nunca foi”, rebateu Gabriela. “Mas manteve ele (Youssef) sob vigilância oito anos”, continuou Lula. “Ele não ficou sob vigilância 8 anos e é melhor o senhor parar com isso”, disse a juíza, demonstrando não estar muito bem informada. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais