Vice de Alckmin pode ser Ana Amélia, a senadora que aplaudiu agressões a petistas

A escolha está entre Margarete Coelho, vice-governadora do Piauí, e Ana Amélia, a senadora que parabenizou ruralistas pelas agressões à caravana de Lula e que associou, recentemente, o povo árabe ao terrorismo. Ambas são do Progressistas

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, deve anunciar ainda nesta quinta-feira (2) a pessoa que vai compor sua chapa como vice. A escolha será entre a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, e a senadora Ana Amélia, ambas do Progressistas. A informação é do site Poder 360, que conversou com o presidente da legenda, Ciro Nogueira. A indicação do nome das duas partiu do próprio Progressistas, que passou a integrar o grupo que apoia Alckmin - legendas de direita e centro-direita que formam o chamado "centrão" - com a condição de ter um nome do partido como candidato a vice. Margarete Coelho é, atualmente, vice-governadora de Wellington Dias (PT) no governo do Piauí. Recentemente, Dias deu uma entrevista em que não se colocou contrário à ida de sua vice para a chapa de um partido concorrente. "Tive o prazer de conversar com ela e dizer que não tivesse nenhuma preocupação da minha parte se houvesse realmente a concretização desse convite. Disse a ela que é uma missão partidária e que eu saberia compreender. Ana Amélia, por sua vez, é senadora no Rio Grande do Sul e foi alvo de uma polêmica, recentemente, por parabenizar, em pleno plenário do Senado, as agressões de ruralistas à caravana do ex-presidente Lula em seu estado no mês de março. “Quero parabenizar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, São Borja. Botaram a correr aquele povo que foi lá levando um condenado se queixando da democracia. Atirar ovo, levantar o relho, mostra onde estão os gaúchos", disse, à época, em uma semana em que uma série de ataques e atentados contra apoiadores do ex-presidente petista foram registrados. Pouco tempo depois, em abril, Ana Amélia foi alvo de inúmeras notas de repúdio de entidades ligadas à causa palestina, árabe e aos direitos humanos por associar o mundo árabe ao terrorismo. O motivo foi uma entrevista que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deu à rede internacional Al Jazeera.