“Você pode até tirar de cena o velho Renan, mas não matá-lo”, diz Renan após derrota no Senado

Antes que a mágoa se concretize em vingança, aliados de Jair Bolsonaro trabalham para reduzir os danos que Renan pode causar

Renan deixa a tribuna no Senado (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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Derrotado na queda de braço para a presidência do Senado, retirando a candidatura durante o processo de votação, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) disse que segue vivo politicamente em entrevista a jornalista Vera Rosa, na edição deste domingo (3) do jornal O Estado de S.Paulo. “Você pode até tirar de cena o velho Renan, mas não matá-lo”, disse, depois de deixar magoado o plenário da casa em que presidiu nos últimos dois anos e que agora estará nas mãos de Davi Alcolumbre (DEM/AP), candidato do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM/RS). Antes que a mágoa se concretize em vingança, aliados de Jair Bolsonaro (PSL) avaliam que o presidente terá que agir pessoalmente para criar pontes com Renan, reduzindo os danos que o alagoano poderá causar ao agora governo inimigo. Segundo reportagem de Gustavo Uribe e Talita Fernandes, na edição deste domingo da Folha de S.Paulo, a estratégia que tem sido defendida pelo entorno de Bolsonaro é que ele entre em contato com Renan neste final de semana e o convide para um encontro reservado assim que voltar a Brasília, o que está previsto para ocorrer até sexta-feira (8). Coube ao general Carlos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, o primeiro afago após a batalha no Senado. "Todo mundo é importante e ele (Renan) continua sendo um parlamentar importante como qualquer outro", disse à Folha. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.