Feito de trouxa por Doria, Bolsonaro pode ficar ainda mais instável

Bolsonaro tomou uma volta de João Doria. O governador de São Paulo deu início à vacinação no país, apareceu para o mundo como a cara do Brasil “humano” e ainda bateu um carimbo de genocida na testa do presidente para toda a imprensa internacional - Por Henrique Rodrigues

Foto: Agência Brasil (edição de imagens)
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Tudo o que Bolsonaro poderia fazer para tumultuar o país foi feito. No entanto, não é só isso. Não é “apenas” sua verve genocida e diabólica que atrapalha o Brasil. Jair é um estúpido, é burro. É um tiozão da padaria, daqueles que ficam falando asneiras na saída da missa.

Mesmo após toda canalhice e mau-caratismo de quem ironizou e xingou a CoronaVac por meses, ao ficar sem saída, Bolsonaro deu um golpe e exigiu, com arrogância, todo o projeto desenvolvido unicamente por São Paulo. Mas não tinha planos técnico, de logística e de aplicação da vacina para fazer a coisa andar.

Doria esperou apenas dez minutos após a liberação de uso emergencial dos dois imunizantes pela Anvisa para vacinar a primeira pessoa e dar início à campanha. Foi um terremoto devastador para o presidente holográfico. Surtou completamente. Para assessores palacianos, este foi o mais duro baque que Bolsonaro sofreu até agora em seu governo fictício. Descontrolou-se e desapareceu por quase 24 horas.

E é aí que mora o perigo. Sujeito vil e totalmente inconsequente, certamente planeja alguma ação vingativa e estrondosa junto ao seu Gabinete do Ódio. Sua instabilidade deve aumentar e seria bom se os cacos que sobraram das instituições republicanas ficassem de sobreaviso.

É notório o amadorismo da tropa (ou trupe) de Jair Bolsonaro nas coletivas. Militares toscos, uns ignóbeis desorientados e toda sorte de lunáticos estão à frente de todos os ministérios, especialmente o da Saúde. Sua diplomacia implode todas as alianças construídas durante décadas em nome de alucinações ideológicas vexatórias que envergonham o Brasil mundo afora.

Enquanto a vacinação começou a todo vapor profissionalmente hoje no Estado de São Paulo, para o resto do país construiu-se um arremedo de plano às pressas, inaugurado numa cerimônia embaraçosa dentro de um galpão em Guarulhos, com um convite oficial de Estado feito no Paint Brush e com fonte Comic Sans. São as grandiosas contribuições do bisonho general Pazuello, que segue como um serviçal bajulador tentando abrandar o desespero do inoperante Bolsonaro, que passou o dia dando chilique e arrancado os cabelos... Não que tenha feito isso por estar preocupado com a vida dos brasileiros, a quem deseja mesmo é a morte, mas por ter feito papel de trouxa para toda a nação.

Bolsonaro tomou uma volta de João Doria. O governador de São Paulo deu início à vacinação no país, apareceu para o mundo como a cara do Brasil “humano” e ainda bateu um carimbo de genocida na testa do presidente para toda a imprensa internacional.

Como dizia um ditado da minha adolescência, "quando a gente vê que é bobo, a gente zoa".

Se rasga aí, Jair...