Polícia investiga influenciadora por vídeo com intolerância religiosa

“O crime de intolerância religiosa está previsto na lei que define os crimes de racismo. Neste caso, houve a prática de discriminação com a religiosidade”, disse a delegada que investiga Sheilla Raquel

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A Delegacia de Atendimento a Crimes Homofóbicos, Racismo e Intolerância Religiosa (Dachri) do Sergipe investiga a influenciadora digital Sheilla Raquel em razão da publicação de um vídeo nas redes sociais em que ela faria ataques a religiões de matriz africana.

“Aqui na pista, ponto de macumba, tá repreendido em nome de Jesus, queima senhor... Joga alfazema. É sério, em cada esquina.. porque diz que tem que botar em esquina. Eu hein. Tá repreendido em nome de Jesus. Queima, senhor”, disse Raquel no vídeo que gerou polêmica nas redes sociais.

A delegada Meire Mansuet, responsável pelo inquérito, destacou que a intolerância religiosa é crime previsto na Lei de Crimes Raciais . “O crime de intolerância religiosa está previsto na lei nº 7716/89, que define os crimes de racismo. É um tipo de racismo, que é praticado com a discriminação ou a intolerância contra uma pessoa ou contra uma comunidade. Neste caso, houve a prática de discriminação com a religiosidade”, destacou.

"Na lei, existe a previsão de que todos os crimes praticados, através de qualquer tipo de publicação, serão punidos com pena de detenção de dois a cinco anos de prisão. A internet não é terra sem lei. As pessoas precisam ter muito cuidado com o que publicam e com o que divulgam, e assumir as consequências de seus atos”, completou.

Mansuet, no entanto, apontou que as investigações ainda estão em andamento. "Nesse caso, investigaremos para ver se realmente houve a intenção de ofender, discriminar, de praticar a intolerância religiosa. Tudo será, minuciosamente, investigado”, finalizou.

Raquel apagou o vídeo das redes sociais.

Com informações do G1 e da Secretaria de Segurança Pública do Sergipe