Augusto Nunes compara medida sanitária com perseguição a judeus e toma invertida

O jornalista bolsonarista comparou o fechamento de pousada que o dono não quis se vacinar com o nazismo; grupo Judeus pela democracia reagiu

Augusto Nunes. Foto: ReproduçãoCréditos: Reprodução de Vídeo
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O apresentador da Record e bolsonarista Augusto Nunes comparou, em sua conta do Twitter, nesta terça-feira (28), o fechamento de uma pousada em Fernando de Noronha, cujo dono não havia tomado a vacina contra o coronavírus, com o autoritarismo de nazistas contra os judeus.

“As cenas da pousada fechada em Fernando de Noronha porque o proprietário não havia tomado a vacina contra a Covid-19 lembram o autoritarismo de nazistas contra judeus”, escreveu o jornalista.

O grupo Judeus pela Democracia reagiu imediatamente:

“Comparar medidas sanitárias que salvam milhares de vidas com o que levou os nazistas a perpetrarem um genocídio é negar o significado do Holocausto. A existência dos judeus ou de qualquer povo não coloca em risco a saúde de ninguém. Não se vacinar é desrespeitar a vida alheia.”

https://twitter.com/jpdoficial1/status/1476005306354262020

Reincidente

Esta não é a primeira vez em que Nunes é advertido pelo grupo Judeus pela Democracia por fazer manifestações semelhantes. Em outubro deste ano, o grupo reagiu com uma nota de indignação, publicada no Twitter, às declarações do jornalista bolsonarista Augusto Nunes que defendeu abertamente o direito de ser fascista num programa da Jovem Pan, na noite de segunda-feira (4).

“Para Augusto Nunes o problema do fascismo é ser estigmatizado. Para ele, é apenas ‘liberdade de pensamento’. NÃO! Crimes de ódio, crimes contra a humanidade e a defesa do genocídio étnico são parte inalienável da ideologia fascista. Apologia ao fascismo não pode ser aceitável”, diz a publicação da entidade judaica.