Atila Iamarino faz mea-culpa após falar em “autoritarismo necessário” no caso de vacinas

Cientista que ficou famoso nas redes falando da pandemia defendeu em coluna na Folha de São Paulo que será necessário calar vozes antivacina ou tornar dose compulsória e depois considerou título “infeliz”

O biólogo Atila Iamarino (Foto: Divulgação/TV Cultura)
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Em sua coluna na Folha de São Paulo desta quarta-feira (13), o cientista Átila Iamarino defendeu que, para barrar a pandemia do novo coronavírus, será necessário “calar vozes antivacina ou tornar vacina necessária”. O título do texto era “Autoritarismo necessário”. Ele apanhou nas redes devido à defesa de um autoritarismo – qualquer que seja. E, então, resolveu publicar um mea-culpa em seu Twitter.

“Como fui bem infeliz no título e na linha fina da coluna da Folha de hoje, deixo a conclusão”, escreveu ele. No post, ele publicou reprodução do último parágrafo do artigo.

No texto, Iamarino falava sobre estudos que mostram que fake news e desinformação não vão embora sem a escolha consciente de barrar algumas ideias do debate público. Citou como exemplo a cloroquina. Em outros países, escreveu, já não se debate seu uso no tratamento da Covid-19, após estudos mostrando a falta de eficácia. Contudo, no Brasil a polêmica continua porque se tornou parte de um debate político. E diz que os antivacinas seguem a mesma lógica por aqui e que as informações falsas que disseminam precisam ser barradas.

Assim, conclui: “Não devemos abrir mão do poder de escolha e da liberdade de expressão. Mas como outro filósofo, Jason Stanley, lembra em sua obra “Como Funciona o Fascismo”, para que escolhas sejam realmente livres, quem escolhe precisa ser bem informado. Quem é enganado é privado de escolhas. E quem escolhe não se vacinar porque não quer virar jacaré e prefere pegar Covid porque é só uma gripezinha está muito enganado e condena muitos a pagar pelo erro”.

O trecho foi reproduzido em sua publicação no Twitter.

https://twitter.com/oatila/status/1349381775064240128

Leia a coluna completa de Átila Iamarino na Folha desta quarta-feira (13) aqui.