Lula supera Bolsonaro em menções no Twitter

Viagem do ex-presidente à Europa impulsionou sua popularidade nas redes sociais

Lula teve mais menções no Twitter que Jair Bolsonaro ao longo desta semana (Foto: Ricardo Stuckert)
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O ex-presidente Lula (PT), pela primeira vez, superou o presidente Jair Bolsonaro em menções no Twitter, segundo pesquisa Modalmais/AP Exata nesta sexta-feira (19).

Segundo o levantamento, 40,7% das menções a presidenciáveis feitas na rede social ao longo desta semana foram relacionadas ao petista, enquanto Bolsonaro registrou índice de 38,2%.

Uma das razões para o aumento da popularidade de Lula na internet foi sua viagem à Europa, em que confirmou seu prestígio internacional ao se encontrar com inúmeras lideranças políticas, entre elas o futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.

O terceiro colocado, segundo o estudo, em menções entre presidenciáveis, foi o ex-juiz Sergio Moro, que recentemente se filiou ao Podemos e, esta semana, anunciou sua candidatura à presidência. Ele marca o índice de 12,3%. Ciro Gomes (PDT), que tenta mobilizar seus seguidores desferindo ataques a Lula, somou 5,6% das menções.

Lula estadista; Bolsonaro faz turismo

"Lula conseguiu mobilizar sua militância de forma intensa com a viagem pela Europa. A ideia de que é um estadista, em oposição à dificuldade de articulação do PR, se sobressaiu, com um amplo compartilhamento de imagens do ex-presidente sendo aplaudido de pé no Parlamento Europeu, recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente da França e também por autoridades da Espanha e Alemanha. Lula buscou se colocar como uma voz mundial no combate às desigualdades, alcançando destaque neste sentido", diz o relatório da ModalMais.

"No caso de Bolsonaro, a viagem pelo mundo árabe gerou interação positiva dentro da bolha de apoiadores, mas não conseguiu impor uma narrativa favorável nas redes, de uma forma geral. O que se sobressaiu não foram as possibilidades de acordos com os países visitados, mas sim a ideia de que a comitiva era composta por aliados que foram fazer turismo e gastar recursos públicos sem resultados práticos para o país", prossegue a análise.