Twitter remove vídeo de Roberto Jefferson com incitação à tortura

Na publicação, ex-deputado aparecia convidando cristãos a espancarem comunistas. “Devem ser exorcizados”, afirmava

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O Twitter removeu neste domingo (4) um vídeo publicado pelo presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, em que ele aparecia convidando a população a agredir o "Satanás que quer fechar igreja". A gravação, publicada na sexta-feira da paixão, foi vista como incitação à tortura contra Guardas Municipais que realizam ações de fiscalização em igrejas das medidas de isolamento social.

“Monta uma cena pra eles chegarem, aí quando chegar fecha a rua com pneu, bota fogo, deixa assim duas viaturas … isola os caras. Dá um pau neles de cacete … bate no joelho, no cotovelo, no ombro, pra quebrar a articulação, bate pra quebrar, e eles não vão voltar mais”, diz Jefferson no vídeo.

Na publicação, o ex-deputado também apresentava o que chamou de "kit anti-Satanás". "Tem um Satanás armado? Esse imediatamente um irmão patriota bota fora de combate", disse, enquanto empunhava uma arma.

O presidente do PTB exibia ainda um cabo de enxada, um taco de baseball e um chicote. O vídeo era acompanhado pela mensagem: "Kit anti-Satanás. Os comunistas que querem fechar as igrejas. Devem ser exorcizados (sic)".

O vídeo chegou a ser denunciado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por incitação à tortura. A notícia-crime foi protocolada pelo secretário de Ordem Pública do município do Rio, Brenno Carnevale, que relata que o vídeo de Jefferson incita tortura e confrontamento de Guardas Municipais, que realizam ações de fiscalização das medidas de isolamento social.