Zuckerberg diz que vai permitir publicações antivacina no Facebook

Apesar disso, o empresário reflete: “creio que o Facebook não está destruindo sociedade”. Também alega que, segundo ele, a plataforma não favorece a propagação de pensamentos conservadores

Mark Zuckerberg (fonte: Axios)
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Em uma longa entrevista por vídeo conferência ao meio digital estadunidense Axios, nesta quarta-feira (9), o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que a rede social não trabalha com a hipótese de proibir publicações que promovam campanhas antivacina.

O empresário lembrou que foi instalado um mecanismo de para remover conteúdo que seja considerado desinformação a respeito da pandemia de covid-19, porém, segundo ele, “se alguém está apenas dizendo que uma vacina pode causar danos ou que está preocupado com isso, na minha perspectiva, não deveria ser um impedimento para que se expresse dessa forma”.

Na entrevista, repercutida pelo diário britânico Daily Mail, Zuckerberg não esclarece essa linha tênue entre o que seria considerado desinformação, pelos critérios do Facebook, e o que seria aceitável, segundo essa sua perspectiva.

Em outro momento da entrevista, o empresário disse que, para ele, “o Facebook não está destruindo a sociedade como a conhecemos. Tenho um pouco de confiança na democracia, e espero que minha confiança não esteja perdida”.

Além disso, também criticou aqueles que acusam sua rede social de favorecer a propagação de pensamentos conservadores. “Isso está simplesmente errado. Entendo que existe um alto envolvimento com o conteúdo partidário, de várias vertentes de pensamento, mas isso não representa a maioria do que as pessoas veem, leem e interagem na plataforma”.

Na semana passada, o Facebook anunciou que iria proibir todos os novos anúncios políticos, devido ao início da votação por correspondência em alguns estados norte-americanos, o que marcou o início do processo eleitoral nos Estados Unidos, que se encerrará em novembro.