SAÚDE

Síndrome do Pânico: causas e tratamentos para a doença com a qual Wanessa Camargo convive

A artista revelou que o seu quadro de saúde piorou durante a pandemia e que voltou a sofrer crises agudas de pânico na quarentena

Síndrome do Pânico: causas e tratamentos para a doença com a qual Wanessa Camargo convive.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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A cantora Wanessa Camargo, por meio de um comunicado postado em suas redes sociais, tornou público que o seu casamento terminou após um entendimento mútuo entre ela e o seu companheiro, Marcus Buaiz. 

O fim do relacionamento de Wanessa Camargo trouxe à tona, novamente, a discussão sobre a Síndrome do Pânico, condição com a qual a cantora vive há alguns anos e que algumas notícias associaram como um dos motivos que levou ao término de seu casamento. Mas é bom destacar que, até este momento, isso é especulação, visto que a cantora ainda não se pronunciou sobre. 

A luta de Wanessa Camargo contra a síndrome do pânico se tornou pública a partir do documentário "É o amor" (Netflix), que narra o cotidiano da família Camargo. 

"Quando começou isso [a síndrome do pânico], a minha mãe achou que era frescura, meu pai achou que era frescura e os meu amigo também. Eu não desejo isso nem para o meu inimigo. Parece que você está ficando louca e viver essa loucura é assustador porque você fica com medo de perder você", disse a cantora no documentário. 

Recentemente a cantora teve uma crise aguda e precisou ser admitida no Hospital Albert Einstein. Em entrevista a revista Quem, a cantora revelou que durante a pandemia e, por causa do isolamento, "as coisas pioraram muito". 

 

Ansiedade e pânico 

 

De acordo com estudo da Fundação Albert Einstein, a ansiedade é "um estado emocional que faz parte da vida", mas, "quando a ansiedade passa a afetar negativamente o dia a dia há um problema". 

Apesar de sua alta incidência em adultos jovens (idade por volta de 25 anos), a Síndrome do Pânico pode atingir qualquer pessoa de qualquer faixa etária. 

A médica psiquiatra Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, do Hospital Albert Einstein, afirma que "muitas pessoas podem ter síndrome do pânico e não saberem por não reconhecerem os sintomas". 

Ana Camargo também destaca que entre as pessoas do sexo masculino há um problema de sub diagnósticos, pois, homens buscam "menos auxílio. 

Um estudo do National Comorbidity Survey (NCS), dos EUA, aponta que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e apenas 29%, homens.

 

Sintomas 

 

A Síndrome do Pânico é caracterizada por uma sucessão repentina de crises de pânico. Geralmente, as sensações trazidas pelo episódio de pânico estão ligadas a uma sensação de tragédia iminente. 

A partir da primeira crise, a pessoa passa a viver um cotidiano afetado pelas crises e a espera de uma nova crise. Em casos mais graves, a pessoa deixa de sair de casa ou não consegue mais sair sozinha. 

Dessa maneira, a crise de pânico se manifesta a partir dos seguintes sintomas: 

Palpitação

Taquicardia 

Suor em excesso 

Tremor 

Náusea
 
Tontura 

Sensação de não conseguir respirar 

Medo de perder o controle 

Medo de morrer 

 

Causas 

Não há uma causa específica para a síndrome do pânico, mas existem algumas hipóteses. Uma delas trabalha com a tese de fatores genéticos, visto que 35% dos familiares de primeiro grau de pacientes com transtorno de pânico também desenvolvem o problema. 

Outra hipótese para a causa da síndrome do pânico é uma disfunção neurológica no sistema de alerta. 

 

Tratamentos 

 

Geralmente, os tratamentos para síndrome do pânico é uma combinação de cuidar da doença em si e buscar entender os fatores que levam o paciente a ter crises de pânico. 

Especialistas afirmam que, apesar dos sintomas em comum, o tratamento e os seus resultados não são homogêneos, ou seja, em alguns pacientes as crises podem desaparecer por completo, em alguns se tornar mais leve e em outros casos controlados.

 

 

 

Com informações da Fundação Albert Einstein