SAÚDE

Hospital A.C Camargo volta atrás e mantém parceria com a prefeitura e governo do estado de SP

Nesta segunda, o hospital havia anunciado que iria deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde a partir de dezembro

Hospital A.C Camargo volta atrás e mantém parceria com a prefeitura e governo do estado de SP.Créditos: Divulgação
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O Hospital A.C Camargo, uma referência no tratamento de câncer, voltou atrás e decidiu manter a parceria que tem com a prefeitura de São Paulo. 

O governo do estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista se comprometeram em fazer uma compensação financeira maior para que o serviço seja mantido. O acordo entre as partes foi realizado em reunião realizada nesta quinta-feira (18).

Nesta segunda-feira (15), o Hospital A. C. Camargo havia anunciado que iria deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de dezembro. 

A principal razão para o fim do atendimento de pacientes oriundos do SUS, segundo o Hospital A. C. Camargo, é a defasagem da tabela SUS para consultas, procedimentos e cirurgias, o que tem levado o hospital a anualmente cobrir com recursos próprios a defasagem financeira. 

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a receita do SUS, em 2021, foi de R$ 36 milhões e o A.C. Camargo teve que colocar mais de R$ 98,46 milhões, oriundos dos atendimentos privados, para fechar as contas. Em 2021, a receita do hospital privado foi de R$ 1,32 bilhão. 

Por meio de uma nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que foi informada pela fundação sobre a não renovação do contrato e diz que tem realizado reuniões para avaliar a possibilidade da continuidade da assistência por meio da parceria. 

A prefeitura de São Paulo também ressalta que a assistência em oncologia aos pacientes da rede municipal seguirá sendo oferecida pelo SUS. 

Sobre a alegação do Hospital A. C. Camargo a respeito da falta de reajuste da tabela do SUS, o Ministério da Saúde afirma que "a tabela não constitui a principal e nem a única forma de financiamento do SUS e que os valores são referenciais mínimos, podendo ser complementados pelos gestores estaduais e municipais de acordo com as demandas e necessidades de cada território". 

O SUS já transferiu cerca de 1.500 dos 6.500 pacientes que eram acompanhados pelo A.C. Camargo. Outros 5 mil devem ser encaminhados até dezembro para a rede pública. 

 

 


Com informações da Folha de S. Paulo.