Crítica: 9- a salvação

Escrito en BLOGS el
Para início de tudo é preciso deixar uma coisa bem clara, 9 - A Salvação foi produzido por Tim Burton, APENAS produzido, ou seja, tudo que ele fez foi investir no filme financeiramente. O filme não foi dirigido por ele e nem mesmo passa a ideia de ter sido (ao contrário do que aconteceu em O Estranho Mundo de Jack, dirigido por Henry Selick e também produzido por Burton), pois 9 não segue nem de longe o estilo do diretor responsável por Sweeney Todd e A Noiva Cadáver.

Baseado em um curta-metragem a animação, talvez por esse fato, fica longa demais, e olhe que tem apenas 1h e 12 minutos de filme. 9 se perde entre sequências demoradas. O desafio do diretor era grande, alongar um curta e encurtar um suposto épico.

A ideia não é inovadora, em um futuro destruido pela guerra entre homens e máquinas um cientista cria 9 bonecos e lhes dá vida. Na sequência inicial do filme vemos a criação de 9, o personagem principal da trama. O mesmo cientista que os criou também foi responsável pela criação da máquina revolucionária que foi usada de forma gananciosa pelos homens e depois se volta contra eles. Provocando assim a devastação total que presenciamos no filme.

Aos poucos 9 descobre que não está sozinho, ele encontra 2 que lhe inspira, 5 que lhe guia, 1 que lhe protege, 7 que lhe defende, entre outros. Cada um tem uma posição definida sobre o que fazer, uns acham que se proteger e fugir é o certo, outros acham que devem lutar para melhorar o mundo.

O trunfo da animação é não perder a humanidade mesmo o filme tendo como personagens apenas máquinas, mesmo isso não impede a emoção que vem a partir de cenas bem feitas. 9 termina sendo um filme bom, não muito ambicioso, um filme com alma.