Post da Juno

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Lá estava eu, em minha aula de educação sexual, observando aquele momento e refletindo sobre a importância que teve meu filme. Acompanhem meu pensamento: a primeira imagem que a mídia fez dos adolecentes (não as jovens moças que ficavam em casa esperando pra casar, e sim adolescentes de verdade, que criaram o rockn' roll) foi o filme Juventude Transviada com James Dean, no qual adolescentes eram delinquentes, a caixa de pandora da sociedade.
Voltamos aos cinemas nos anos 70, o filme era Loucuras de Verão de George Lucas, o retrato era de riquinhos badaleiros, curtindo o young american way of life. Ou seja, até então, pouco progresso. O primeiro a tratar nossa realidade fielmente foi John Hughes com dois filmes que virariam clássicos sa sessão da tarde, Curtindo a Vida Adoidado e, principalmente, Clube dos Cinco. Esse segundo mostra o quão patética e errada é a rotulação que muitos adultos fazem em relação à nós. Dividir-nos entre patricinhas, cdfs, atletas, marginais e loucos, foi algo criticado pelo filme. E voltou a ser criticado nas séries Dawson's Creek (a primeira a discutir abertamente sobre sexo) e Barrados no Baile.
Minha pergunta é: de que adianta? Pois mal se começou o novo milênio uma tonelada de bobagens adolescentes produzidas pela Disney e estralada por Hillary Duff e Lindsay Lohan tomaram conta do público. Enquanto uma minoria tenta, cada vez com mais dificuldade, mostrar uma realidade (como por exemplo, High School Kids e até mesmo Juno), outros tem maior sucesso ao simplesmente banalizar o assunto, como prova 90210, High School Musical e American Pie. Mantenho a esperança de que um dia venham a compreender a importância e o potencial que a temática tem, me resta torcer para que não caia em mãos erradas.