1º DE JANEIRO

Janja diz que Rolls-Royce presidencial pode não ser usado na posse, saiba por que

Coordenadora da festa da posse de Lula falou também sobre outras novidades na solenidade

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De acordo com a coordenadora da festa de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Rolls-Royce presidencial, tradicionalmente utilizado para o desfile em carro aberto durante a solenidade, pode vir a ser substituído por outro veículo no dia 1º de janeiro de 2023. Rosângela Lula da Silva, a Janja, explicou, em entrevista coletiva concedida nesta quarta (7), que o carro foi danificado pela atual gestão, do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O tradicional automóvel  utilizado desde a década de 1950 em desfiles em carro aberto por Presidentes da República, teria alguma danificação em um dos bancos, embora a futura primeira-dama não tenha fornecido mais detalhes. Mas ela garantiu que o desfile ocorrerá. “Hoje é essa informação que eu posso dizer para vocês, que o presidente Lula estará em carro aberto, como é o protocolo, e que será no Rolls-Royce, se estiver em condições, porque parece que ele foi danificado na última posse”, disse Janja.

Mantido pelo Ministério da Defesa, o Rolls-Royce Silver Wraith data de 1952, sua compra foi demandada pelo então presidente Getúlio Vargas, que o utilizou pela primeira vez nas comemorações do Dia do Trabalho no ano de 1953 e está presentes em todas as posses presidenciais desde então.

Averiguação

Além da socióloga, o embaixador Fernando Igreja, que faz parte da equipe de transição, também está participando dos preparativos para a solenidade de posse e, segundo Janja, é ele quem está com a responsabilidade de garantir as condições adequadas. “O embaixador está responsável por isso, e nossa equipe vai averiguar isso, se está em condições. É um carro bastante antigo”, disse. A presidência da República não se manifestou sobre a questão.

Faixa presidencial

Se o Rolls-Royce pode não ser utilizado pelo fato de a gestão Bolsonaro ter involuntariamente danificado o veículo, o atual presidente pode ser responsável por outra quebra de tradição, desta vez de maneira intencional. Jair Bolsonaro já declarou que não vai cumprir o ritual de passagem da faixa presidencial para Lula. Perguntada a respeito deste tema, a coordenadora do evento foi sucinta: “terão que perguntar ao presidente em exercício. Se ele não entregar a faixa, vamos pensar como fazer”, disparou.

Além da possível substituição do Rolls-Royce e de alguma solução criativa para o ritual da passagem da faixa presidencial, a solenidade contará com outras novidades. Janja revelou que a cerimônia não terá fogos de artifício, nem a tradicional salva de tiros de canhão, por exemplo.