AMAZÔNIA

Caso Bruno Pereira e Dom Phillips: Juíza decreta prisão temporária de suspeito

Testemunha disse que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, é um “homem muito perigoso” e que vinha prometendo “acertar contas” com indigenista

Testemunha disse que Pelado é "perigoso".Créditos: Reprodução PM/AM
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Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, de 41 anos, teve sua prisão temporária decretada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, nesta quinta-feira (9). Ele é suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

A prisão foi decretada durante a audiência de custódia, que aconteceu na tarde desta quinta.

Uma testemunha declarou que viu Pelado carregar uma espingarda e fazer um cinto de munições e cartuchos pouco depois que Bruno e Dom deixarem a comunidade São Rafael com destino à Atalaia do Norte, na manhã de domingo (5), dia do desaparecimento e ambos.

A testemunha afirmou, ainda, que o suspeito é um “homem muito perigoso” e que vinha prometendo “acertar contas” com o indigenista, conforme informações do Globo.

Logo em seguida de Bruno e Dom deixaram a comunidade, um colega de Pelado foi visto em seu barco com o motor ligado em ponto morto, à espera do suspeito.

Testemunha afirma que Pelado e outros homens fizeram “algo ruim”

A testemunha também destacou que não “resta dúvida” de que ele e outros homens fizeram “algo ruim” com o barco em que o indigenista e o jornalista estavam, segundo a Reuters.

A história bate com o que já se sabia, que Pelado e comparsas foram vistos por ribeirinhos trafegando em uma lancha, em alta velocidade, logo atrás da embarcação dos dois desaparecidos.

Policia Federal encontra sangue na embarcação de Pelado

O comitê de crise na Política Federal (PF) divulgou que encontrou vestígios de sangue na lancha de Pelado. Ele foi preso em flagrante por porte de munição de uso restrito e é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Bruno e Dom. 

O material coletado na embarcação foi encaminhado para Manaus (AM), em um helicóptero tático Black Hawk, para passar por perícia.

“Resta saber, comprovar, com o laudo, se se trata de sangue humano ou de animal. Ainda não temos essa confirmação, mas a perita informou que o laudo sairá em tempo hábil", afirmou o delegado de Atalaia do Norte, Alex Perez Timóteo.