Ao contrário do que dizem alguns negacionistas da ciência, a terra não é plana e gira em torno do sol. Já o tempo total que ela demora para dar essa volta foi calculado pela humanidade há milênios e chamado de “ano” pela língua portuguesa algum tempo depois. Dessa forma, uma vez por ano, por volta da metade do mês de agosto, passamos próximos a uma nuvem de detritos cósmicos que, refletindo a luz do sol ou produzindo algum tipo de combustão ao entrar em contato com a nossa atmosfera, iluminam os céus na forma de estrelas cadentes.
O fenômeno foi batizado como Perseidas porque, dada sua localização nos céus, dão a impressão de que as estrelas cadentes caem da constelação de Perseu. De acordo com a tradição católica, o fenômeno também é conhecido como Lágrimas de São Lourenço. O nome católico deriva da história do Santo que foi assassinato pelos romanos no seculo III em um dia 10 de agosto. Após sua morte, teria reproduzido nos céus o fogo que o consumiu em vida.
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Neste ano, o auge das Perseidas ocorre entre a próxima sexta (12) e o sábado (13). No entanto, o fenômeno dessa vez estará mais visível para o hemisfério norte do planeta, o que faz com que no Brasil o avistamento seja mais propício para as regiões norte e nordeste.
Para fazer a observação perfeita do fenômeno é preciso que o céu esteja limpo, além de ir a local onde a intensidade das luzes urbanas seja menor. Além disso, é importante apagar todas as luzes do local onde estiver, inclusive a dos celulares. Também será preciso observar o céu na direção leste-nordeste, o que no Brasil, para quem estiver no litoral, basta estar de frente para o mar, direcionando o olhar levemente à esquerda. Assim pode ser possível ver dezenas de estrelas cadentes e até mesmo bolas de fogo na noite indicada.
Quando ocorre em semana de lua nova, sem que haja lua no céu, o fenômeno fica ainda mais espetacular, como o foi no último ano. No entanto, neste ano, as noites de 12 e 13 agosto apresentarão lua cheia, o que traz mais luminosidade ao céu noturno e consequentemente apaga estrelas mais distantes e detritos espaciais como as Perseidas, que pequenos, acabam ofuscados. As expectativas dos astrônomos para a observação nesse ano não são das melhores por conta desses fatores, mas de qualquer maneira, vale a pena tentar.