MACABRO

Ex-sogro morto envenenado com a mãe mandou áudio à suspeita logo após sintomas

Leonardo Pereira Alves entrou em contato com advogada Amanda Partata assim que apresentou problemas depois de comer doces trazidos por ela

Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Logo após ser envenenado pela ex-nora, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, ligou para a acusada do crime, a advogada Amanda Partata, para relatar o que estava acontecendo e, sem saber que era vítima de um crime, alertou a jovem para que ficasse atenta, já que eles tinham feito a refeição juntos. A mãe de Leonardo, Luiza Teresa Alves, de 86 anos, também morreu e a Polícia Civil de Goiás afirma que tudo se tratou de uma trama macabra da mulher que namorou apenas por um mês e meio com o filho médico da vítima, e que passou, então, a simular uma gravidez para ser acolhida pela família e tentar reatar a relação.

“Amanda, deixa eu te passar essa informação... Olha, desde que você saiu, tô vomitando, diarreia, e assim, tô achando que eu vou agora pro médico tomar soro... E minha mãe começou também a vomitar, e diarreia, e eu falei com o Leozinho e ele falou que é melhor ir pro hospital tomar um soro... Eu tô achando que é aqueles doces, que nós comemos... Porque minha mãe foi só aquilo que ela comeu, né, o mingau e aquilo lá... Eu comi o negócio e o doce, e meu pai não comeu nada e tá zerado... Mas você comeu, então cuidado porque você pode passar mal também, entendeu? Pode passar mal”, diz Leonardo em mensagem de áudio enviada a Amanda.

Passado sinistro e bizarro

No curso das investigações sobre o envenenamento que levou à morte de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luiza Teresa Alves, de 86, atribuído à advogada Amanda Partata, que namorou o filho da primeira vítima, a Polícia Civil de Goiás descobriu que a mulher acusada tem um passado bizarro e doentio.

O motivo para o duplo homicídio, de acordo com o inquérito, teria sido o fim de uma relação de apenas um mês e meio entre Amanda e o médico Leonardo Pereira Alves Filho. Inconformada, ela teria inventado uma gravidez para tentar reatar com o antigo e breve companheiro. Após o médico não entrar no “jogo”, a advogada teria se aproximado da família dele, onde teria sido acolhido por conta da gestação fictícia.

Segundo o delegado Carlos Alfama, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, assim que o caso ganhou repercussão nacional, pelo menos cinco outros homens, de diferentes lugares, informaram à polícia que já tinham sido chantageados e pressionados por Amanda por meio do mesmo recurso: uma gravidez inventada.

“Ao menos cinco ex-namorados que relataram a mesma conduta, claro, sem mortes. Uma falsa gravidez para exigir dinheiro e manter o relacionamento”, disse o delegado em entrevista.

Ainda conforme as informações prestadas por Alfama, um dos casos teria sido inclusive registrado em boletim de ocorrência, no Rio de Janeiro. O homem com quem Amanda se relacionava procurou as autoridades para abrir uma queixa contra ela por estar sendo extorquido e pressionado a reatar a relação, sob a alegação de que a ex estava grávida, o que depois se mostrou ser mentira. Os demais episódios relatados pelo policial teriam sido feitos em contato das vítimas, de maneira informal, após o crime ganhar visibilidade.

Existe ainda um boletim de ocorrência contra a acusada de duplo homicídio por ela ter supostamente vendido convites para um evento festivo que jamais foram entregues aos compradores.