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Em assembleia histórica que reuniu 1.909 pessoas em Macaé, município do Rio de Janeiro, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) debateu sobre a continuidade da negociação coletiva para evitar a retirada de direitos dos petroleiros e barrar a privatização da Petrobras. O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (28) e a categoria ameaçou iniciar uma greve.
"É muito importante a gente refletir sobre essa onda toda de privatização", disse Normando Rodrigues, liderança da FUP. "Os Estados Unidos têm uma cultura muito antiga de que Correios não se privativa, empresa pública, que é da União, não se privatiza. Mas a regra que vale para o capitalismo central não vale para o periférico. O nacionalismo dos Estados Unidos é defender os interesses dos Estados Unidos, e o nacionalismo do Brasil também é defender os interesses dos Estados Unidos", ironizou.
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Normando Rodrigues também debateu junto aos petroleiros o que significa a mediação pedida pela Petrobras ao Tribunal Superior do Trabalho, com relação ao acordo de salários que a empresa não está conseguindo ter diretamente com os trabalhadores. "Negociar com as duas partes pode dar resultado e pode não dar", alertou Rodrigues. As negociações salariais já duram mais de três meses e a Petrobras apresentou sua proposta final no dia 8 de agosto. Os principais sindicatos de petroleiros recomendam a rejeição dos termos propostas, alegando que representam cortes de direitos. O presidente Jair Bolsonaro já havia alegado que tem a intenção de finalizar o estudo de privatização do Petrobras até o final deste ano. No último dia 15, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em evento que "o presidente está cada vez mais ligado nessa agenda de privatizações". https://twitter.com/FUP_Brasil/status/1166675429052301312?s=19